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Deputado da APN: apoio da parte continental da China é a maior vantagem de Macau

Fonte: Diário do Povo Online    25.05.2020 10h44

A Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) compreendeu que a diversificação da sua economia é crítica para o desenvolvimento sustentável em meio à pandemia da Covid-19. O setor financeiro afigura-se como o foco ideal. Com as vantagens concedidas pela parte continental da China, Macau poderá se tornar um novo centro financeiro, afirmou um deputado do Assembleia Popular Nacional (APN).

Uma sugestão inovadora de gestão financeira relativa à "zona de cooperação intensiva" de Guangdong-Macau em Hengqin, foi abordada nas Duas Sessões pelo deputado da APN e presidente do Centro de Pesquisa Estratégica para o Desenvolvimento de Macau, Sio Chi Wai.

A sugestão inclui itens de promoção do fluxo de capitais transfronteiriços, além do lançamento de um sistema de gestão financeira bilateral Hengqin e Macau.

A criação de uma "zona de cooperação intensiva" Guangdong-Macau, na ilha de Hengqin, em Zhuhai, na província de Guangdong, no sul da China, marcaria um passo crítico na promoção do desenvolvimento diversificado e sustentável da economia de Macau, disse Sio ao Global Times.

Como importante fator de produção, os fluxos de capitais transfronteiriços e o câmbio livre seriam propícios à integração do mercado financeiro entre Macau e Hengqin e à internacionalização do yuan, disse Sio.

Um sistema de gestão financeira de "passe único" entre Hengqin e Macau ajudaria a simplificar as operações comerciais e a sua supervisão. O estabelecimento de um sistema eletrônico de monitoramento previne também a lavagem de dinheiro e o uso indevido de capital, explicou Sio.

Embora existam centros financeiros globais já estabelecidos na região, como a Região Administrativa Especial de Hong Kong e Tóquio, Macau poderá ter ainda uma palavra a dizer, destacou Sio.

Em comparação com Tóquio, Macau desfruta de um mercado mais amplo e de recursos abundantes provenientes da parte continental da China. Além disso, Macau é mais flexível que Hong Kong, uma vez que existem novos elementos emergentes no setor financeiro.

Como centro financeiro internacional em estado de maturação, Hong Kong pode não ser capaz de fazer ajustes significativos. Esta é uma oportunidade para Macau, afirmou.

Macau está estabelecendo seu centro de liquidação transfronteiriça de renminbi e está considerando o estabelecimento de um mercado bolsista e de negociação de futuros.

Macau pode se tornar o segundo centro financeiro offshore da China. A conectividade do mercado financeiro entre Macau e o continente chinês através de Hengqin é necessária para a diversificação da economia de Macau, sendo também parte indispensável dos esforços de Macau para estabelecer um mercado financeiro completo.

Segundo Sio, a China está recuperando da Covid-19 mais rápido que outros países. O país desempenha ainda um papel de locomotiva no crescimento econômico global.

Com base nos seus laços únicos com Portugal, Macau tem ainda a capacidade de desenvolver novos laços com outros países da UE, África e América Latina. O aprimoramento do setor financeiro pode ainda promover o desenvolvimento de setores emergentes, como ciência e tecnologia, concluiu. 

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