Nas últimas quarto décadas, 700 milhões de chineses deixaram a pobreza. Como conseguiu a China atingir esse marco?
Desde 1978, ano em que a China implementou a política de “reforma e abertura”, a população rural a viver em condições de indigência registrou uma queda considerável. Com a adoção gradual do sistema de responsabilidade familiar, o rendimento familiar nas zonas rurais começou a ascender anualmente.
A partir de 1986, o governo chinês formou um órgão específico para reduzir a pobreza no país, gerindo uma verba providenciada pelo Governo Central para o efeito.
Em 1994, o governo chinês iniciou um novo plano de erradicação da pobreza,segundo o qual a China, num prazo de 7 anos (1994-2000), conseguiria assegurar o acesso a condições básicas, incluindo alimentação e vestuário, a 80 milhões de pessoas carenciadas de zonas rurais.
De 2001 a 2011, a China aplicou dois programas da erradicação da pobreza, cada um com um prazo de 10 anos, para aprofundar os esforços rumo a essa meta.
Em novembro de 2013, o presidente Xi Jinping apresentou, pela primeira vez, o conceito de “precisão na erradicação da pobreza”durante uma visita de inspeção à província de Hunan.
“A precisão na erradicação da pobreza” é um conjunto de medidas que visa elaborar planos elaborados em função das circunstâncias de cada local.
Desde então, a “precisão”se tornou a diretriz elementar na nova senda do combate à pobreza.
Nas regiões pobres, os serviços públicos foram melhorados, resultando no aumento do consumo per capita.
Em 2020, a China planeja acabar com a miséria absoluta no país, rumo a uma sociedade modestamente confortável para 1,4 bilhão de chineses. Tal significa que China cumpriu, com 10 anos de antecedência, o primeiro objetivo nas Metas de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030 - a erradicação da pobreza.
Nos últimos 40 anos, a China contribuiu em mais de 70% para a causa da redução da pobreza na esfera global.
2020 é considerado o ano decisivo para a China erradicar a pobreza.