Comentário: as consequências da patologia de espírito dos políticos norte-americanos

Fonte: Diário do Povo Online    11.05.2020 10h53

No presente, os EUA são a maior potência mundial e, coincidentemente, são também o país com maior número de infeções e mortes por Covid-19. O governo federal dos EUA atrasou a resposta e falhou na luta contra a epidemia. Tal se trata de uma evidência, tornando os EUA alvo de crítica interna e externa.

No entanto, entre alguns políticos americanos, a epidemia é efetivamente um assunto sério ao qual dizem que o governo federal atribuiu a maior das prioridades. Se o número de mortes puder ser controlado dentro das 100,000, “é já algo notável”. A China encerrou cidades como Wuhan até o número de casos ser reduzido a 0. Todavia, a transição para o desconfinamento e retomada da produção foi sempre posta em causa, com pedidos de investigação e até culpabilização da China. Essa lógica ridícula faz com que as pessoas tenham razão para duvidar se estes políticos dos EUA estão realmente tentando resolver os problemas, ou, como o Sr.Pompeo, a esconder evidências recorrendo à mentira, calúnia e difamação.

As medidas aplicadas pela China e os resultados por elas alcançadas, serviram de exemplo ao mundo e àqueles que delas se serviram para preparar seus planos. A voz racional da comunidade internacional não contesta este fato. A prática de determinados políticos americanos contra os “bons alunos” do mundo é um exemplo típico de patologia de espírito.

Os ignorantes são geralmente destemidos, o que poderá ser uma das explicações. Durante os comunicados da Casa Branca e do Conselho de Estado, os políticos que coordenam as operações não têm um background profissional nem experiência prática em crises de saúde. Falam dos problemas de modo fruste e fazem declarações absurdas como “injetar desinfetante no corpo”.

Recentemente, a “fábrica de rumores” com o cunho de Mike Pompeo tem vindo a favorecer a alegação de que o “laboratório de Wuhan vazou o vírus”. Porém, o gabinete do diretor de inteligência dos EUA, juntamente com Anthony Fauci, o epidemiologista da task force para combater o vírus, foram unânimes a descartar a teoria de que o patôgeno teria sido artificialmente ou intencionalmente manipulado. O líder da diplomacia americana aparentemente tem implementado a sua conduta dos tempos da CIA no posto que ocupa atualmente.

Outro motivo para a culpabilização alheia estará ligado ao fato de que, em apenas pouco mais de um mês, o número de mortes por Covid-19 superou a cifra de americanos que perderam a vida na guerra do Vietnã. Alguns políticos sabiam que as medidas anti-epidêmicas eram inadequadas e que tal se repercutiria na base eleitoral.

A falta de ética na política é a terceira razão. No setor de opinião pública dos círculos políticos em Washington a retórica é suscetível de mudar 180º do dia para a noite. Os protagonistas com mais exposição pública foram amplamente atacados pela opinião pública, mas continuam sendo obsessivos e obstinados. Na sua posição não tem nada de errado recorrer a meios contrários à conduta moral para obtenção de ganhos políticos.

Se analisarmos ao detalhe o "jogo da culpabilização alheia" destes políticos americanos, receio que muitas outras considerações mais complexas possam ser identificadas. Entre todas elas está patente o calculismo das eleições de novembro e a perspetiva estratégica do uso da suposta "ameaça da China". Em meio ao unilateralismo propalado pela diplomacia norte-americana reside a esperança de aplacar as responsabilidades em detrimento das instituições multilaterais internacionais.

Lamentavelmente, o desempenho desses políticos consegue ainda enganar muitos americanos. Mas pensando bem, é já tradicional nestes políticos a apropriação de recursos públicos, manipulação deliberada da opinião pública e o aproveitamento da bondade do povo americano para proveito próprio.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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