Wuhan está recuperando da sua quarentena de 76 dias após a cidade ter sido severamente afetada pela epidemia do novo coronavírus. No entanto, a cidade mantém medidas de vigilância para preservar os resultados obtidos pelos sacrifícios dos últimos meses.
Duas semanas passaram desde que Wuhan, a capital da província chinesa de Hubei, foi reaberta. Cercas estão ainda presentes em cada recanto da cidade, dividindo blocos e comunidades, servindo de lembrete de que a prevenção é ainda necessária.
As cercas já se fundiram no cenário urbano junto dos residentes mascarados que andam, pedalam bicicletas ou fazem exercício.
Alguns vendedores improvisaram, cortando alguns buracos nas cercas para poderem vender seus produtos aos consumidores, apesar da atividade econômica estar ainda constrangida.
Os locais públicos estão ainda sob escrutínio permanente. Para entrar num supermercado em Guangfu, os consumidores têm de apresentar um código QR para provar que têm risco baixo de infeção. A sua temperatura é também medida e é obrigatório o uso de máscaras e esterilização das mãos
Wuhan não se pode dar ao luxo de baixar a guarda ou de aplicar medidas uniformes na prevenção do vírus, segundo um editorial do Diário do Povo. “A população tem de aderir ao hábito de confrontar ativamente a epidemia”.
Wuhan não registra novos casos de Covid-19 há 17 dias. A cidade tem agora a capacidade de realizar testes de acido nucleico a mais de 40,000 pessoas diariamente.
Todavia, está ainda sob pressão para prevenir casos importados e locais de Covid-19, tal como outras cidades na China. Na segunda-feira, a China teve 11 novos casos confirmados, 4 deles importados. Dos casos detetados 6 foram na província de Heilongjiang, no nordeste da China.