Lisboa, 7 abr (Xinhua) -- O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, disse na terça-feira que uma restrição rigorosa ao movimento terá que ser imposta no país no final de abril, mesmo que a crise do coronavírus se atenue até então.
Tendo se reunido com especialistas em saúde pública, o chefe de Estado disse a repórteres que os números de novas infecções dos últimos dias mostram uma "tendência positiva, lenta, mas positiva".
No entanto, ele alertou que as medidas de confinamento e as restrições de movimento devem ser rigorosamente observadas antes que a normalidade possa ser restaurada, provavelmente em maio.
"Se queremos ganhar a liberdade em maio, precisamos de a ganhar em abril", afirmou.
Ele ressaltou que o alívio das medidas de confinamento requer comportamento apropriado e um esforço do povo português ao longo de abril.
A segunda fase do estado de emergência foi promulgada em 2 de abril e permanece em vigor até 17 de abril.
O presidente não descartou a possibilidade de reabrir as escolas do país em abril, mas afirmou que a decisão pertence ao primeiro-ministro António Costa.
Até terça-feira, o novo coronavírus já causou 345 mortes em Portugal, um aumento de 34 em relação a segunda-feira.
De acordo com o boletim divulgado pela Direção-Geral da Saúde, 12.442 pessoas foram infectadas até o momento em Portugal.