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A politização do apoio da China não ajudará o mundo a unir-se contra à epidemia

Fonte: Diário do Povo Online    01.04.2020 14h53

Vários incidentes recentes relacionados com "defeitos de qualidade" de suprimentos médicos chineses demostraram ser apenas equívocos.

Por exemplo, o Hospital da Universidade de Ostrava na República Tcheca utilizou em 21 de março um lote de kits de teste comprados na China e constatou que a taxa de erro era superior a 80%.

As mídias tchecs e de alguns outros países da Europa e UE ouviram a notícia e imediatamente a tomaram como exemplo de doação ou exportação de suprimentos médicos inadequados da China e a divulgaram.

Mas o Ministro do Interior tcheco prontamente esclareceu que a alta taxa de erro ocorreu devido ao uso incorreto do teste por parte da equipe tcheca. Este teste é apenas um exame direcional, sendo necessário um teste de ácido nucleico para confirmação do diagnóstico.

Em outras discussões sobre a qualidade dos suprimentos, a causa foi identificada ou continua sob investigação.

Um caso recente em que as mídias estrangeiras foram mais agressivas é da Espanha. Uma versão representativa do informativo original foi o seguinte: O governo espanhol gastou 432 milhões de euros para comprar suprimentos médicos chineses, mas alguns dos primeiros 55.000 kits de teste que chegaram teriam precisão de 30%. O governo espanhol então, devolveu os kits de teste.

No entanto, cada parte envolvida esclareceu imediatamente alguns detalhes confusos. O ponto mais importante é que este lote de kits foi comprado por um fornecedor espanhol de um fabricante chinês. Não foi realizado por nenhum canal oficial e não tem nenhuma relação com os 432 milhões de euros em suprimentos comprados pelo governo espanhol da China, os quais ainda não haviam saído da China.

Em outras palavras, a suposição de algumas mídias estrangeiras de que "o governo espanhol havia sido enganado pela China" não tem sentido.

Em 29 de março, horário da leste dos EUA, um voo saindo de Shanghai aterrissou no Aeroporto Internacional John F. Kennedy de Nova York, sendo o primeiro de 22 voos para os Estados Unidos com suprimentos médicos necessários com urgência. O avião transportava 12 milhões de pares de luvas, 130.000 máscaras N95, 1,7 milhão de máscaras cirúrgicas, 50.000 conjuntos de roupas de proteção, 130.000 desinfetantes para as mãos e 36.000 termômetros.

Segundo um funcionário da Força-Tarefa de coronavírus da Casa Branca, o governo comprou 60% desses suprimentos e todas as máscaras N95. Aproximadamente a metade foi para Nova York, e o restante para Nova Jersey e Connecticut.

Há aproximadamente 64.900 casos confirmados em Nova York, Nova Jersey e Connecticut, com mais de 1.000 mortes.

Com uma situação epidêmica tão grave, a chegada de uma grande quantidade de suprimentos médicos foi algo positivo.

No entanto, no Twitter, alguns americanos expressaram opiniões diferentes. Algumas pessoas afirmaram que a China primeiro propagou o vírus e logo tentou ser o salvador. Outros se perguntam quanto dinheiro a China ganha com isso.

Na Europa também tem ocorrido algumas opiniões hostis sobre a ajuda da China. Algo que dizem é: "A China está salvando o mundo" e está fazendo "propaganda" através da ajuda.

As primeras 100 toneladas de suprimentos médicos enviados pela China chegaram a Paris em 29 de março, e a China enviará regularmente à França suprimentos similares.

Uma mídia francesa afirmou: “Beijing pretende mostrar seu poder, alegando haver superado a crise e derrotado o vírus, salvando o mundo em seguida. China establece seu objetivo de curto prazo na Europa.”

Um especialista francês afirmou que Beijing está atualmente "mascarando a diplomacia" para "recuperar sua imagem".

Josep Borell, alto representante da UE responsável por asuntos exteriores e política de segurança, simplesmente qualificou a ajuda da China como "política de generosidade".

Borell afirmou que há um componente geopolítico incontestável na ajuda da China, que o país está “lutando para obter influência através do engano e da política de generosidade", e que a UE deve ficar alerta perante a "política de generosidade" da China.

Se a ajuda exterior é "política de generosidade", quando a UE apoiou a China, nenhum meio de comunicação chinês disse que os europeus queriam expandir sua influência geopolítica.

Sinceramente, as acusações e ataques à China por parte da opinião pública europeia e americana não são algo novo nos últimos anos. Nos criticam de diversas maneiras e qualquer coisa que fazemos é motivo de reprovação da parte deles.

As razões são as seguintes: em primero lugar, é natural que as forças anti-China possuam uma postura paranóica inerente. Em segundo lugar, a China controlou a epidemia, no entanto, os Estados Unidos e os países europeus ainda estão no auge da batalla, o que deixa algumas pessoas com raiva. Em terceiro lugar, algumas pessoas querem atribuir o problema à China e não se atrevem a assumir a responsabilidade de sua escassa resistência à epidemia.

A epidemia é um desastre natural, e nenhum país quer sofrer um desastre. China trabalhou duro para reverter a situação em dois meses. Hoje, prestamos apoio sincero aos países necessitados dentro das nossas possibilidades. Esta é a responsabilidade básica de uma potência e uma resposta natural de humanitarismo.

Todos sabemos que as ações são mais importante do que o que é dito. De fato, fazer uma interpretação politizada dos suprimentos ou da ajuda enviada pela China não beneficiará a necessidade do mundo de uma ação comum e unida contra a epidemia.

As manchas e os insultos à China prejudicarão apenas a situação geral da epidemia. A ajuda da China ao estrangeiro é de boa fé, e quando surgem problemas específicos, a escolha correta é solucioná-los conjuntamente.

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