Alguns especialistas médicos da China estão apelando à tomada de novas medidas para conter a propagação promovida por casos assintomáticos, à medida que cada vez são detetados mais destes casos em todo o país.

A comissão de saúde da província de Henan relatou no domingo que uma paciente do sexo feminino havia confirmada no sábado que esteve em contacto com um portador assintomático do vírus, um médico do Hospital Popular de Jiaxian. Os dois estiveram no mesmo veículo e jantaram 3 vezes a 21 de março, antes dela ter desenvolvido sintomas, no dia 24.

A comissão de saúde de Henan descobriu mais tarde que um dos colegas do médico tinha viajado para Wuhan, na província de Hubei, e passado os 14 dias de quarentena. Até à data, três médicos do hospital testaram positivo para o coronavírus sem apresentarem quaisquer sintomas durante um exame para profissionais de saúde.

Além disso, casos de portadores assintomáticos importados foram detetados em Dezhou, na província de Shandong; Guiyang, na província de Guizhou, e Mianyang, em Sichuan. A cidade de Jiaxing, em Zhejiang, informou na quinta-feira sobre um caso que contraiu o vírus de um portador assintomático em um avião.

A comissão de saúde da província de Gansu emitiu um regulamento no domingo para reforçar o monitoramento de portadores assintomáticos, estipulando que as pessoas de Hubei devem testar negativo por 2 vezes até poderem voltar ao trabalho.

A medida ocorre após uma pessoa de Hubei ter testado positivo no sábado. O caso levantou preocupações, pois o paciente havia passado nos testes, tendo obtido o “código verde”, que atesta que os viajantes de Hubei são saudáveis.

Os principais especialistas médicos da China avisaram que mais medidas deveriam ser tomadas para controlar a dispersão do vírus relacionado com casos assintomáticos. No entanto, algum deles afirmaram que o público não tem motivo para entrar em pânico.

Zeng Guang, epidemiologista chefe do Centro para Controle e Prevenção de Doenças da China, disse que as medidas adotadas pelo país provaram ser eficientes, apesar da existência de portadores assintomáticos.

A contenção de casos assintomáticos já está há muito incluída nos planos das autoridades de saúde do país. Um plano emitido a 28 de janeiro constatou que tais casos, embora não classificados como portadores confirmados, seriam “rigorosamente monitorados e postos em uma quarentena de 14 dias”.

A quarentena continuaria se não passassem em 2 testes para o coronavírus e seriam hospitalizados de imediato ao revelarem sintomas, de acordo com o plano.

O público deverá prestar atenção a qualquer desconforto, incluindo tosse, fadiga, dores de garganta e reforçar a proteção através do uso de máscaras, de acordo com Lu Jinxing, um oficial do CDC chinês.