Ministro da Saúde do Brasil pede ao Congresso a liberação de US$ 1,06 bilhão para combater o coronavírus

Fonte: Xinhua    12.03.2020 15h20

Brasília, 11 mar (Xinhua) -- O ministro da Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta, pediu nesta quarta-feira ao Congresso para liberar 5 bilhões de reais (US$ 1,06 bilhão) para combater a doença do novo coronavírus (COVID-19).

"O que eu estou solicitando é: deixem dinheiro para que nós possamos usá-lo em todo território nacional para esta situação do coronavírus de acordo com a necessidade", afirmou Mandetta em audiência no Congresso para discutir a expansão da doença, na qual enfatizou que a destinação do dinheiro é para fins "científicos" e não "políticos".

"Em vez de liberar isso pela ótica política, vamos liberar isso pela ótica científica, onde a gente pode mandar um recurso por igual para todos se prepararem melhor e possamos usar o recurso para ir alocando nos estados que mais precisarem", declarou.

Segundo Mandetta, no momento, embora a letalidade do vírus seja baixa, seu principal impacto se sentirá no sistema de saúde, que demandará mais profissionais, mais leitos, mais produtos e mais recursos para pagar a estrutura adicional.

"Há uma espiral de casos. Isto leva as pessoas a buscar as unidades de saúde. Se o vírus não tem uma letalidade individual elevada, tem uma letalidade para o sistema de saúde. Quanto mais agudo o ângulo de crescimento, mais pessoas acionam o sistema ao mesmo tempo", acrescentou o ministro da Saúde.

A expansão da COVID-19 no Brasil acendeu os alertas no país esta semana com um aumento expressivo de casos confirmados. De 34 na terça-feira para 52 no último boletim oficial divulgado na tarde desta quarta-feira, sendo que já há outros 17 pacientes confirmados: um na Bahia e 16 que receberam atendimento no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Com os novo números, São Paulo continua sendo o estado com mais casos e soma ao todo 46 pacientes. Na sequência aparecem Rio de Janeiro (13), Bahia (2), Rio Grande do Sul (2), Distrito Federal (2), Alagoas (1), Minas Gerais (1) e Espírito Santo (1).

Segundo o último boletim oficial divulgado, existem 907 casos suspeitos e 935 foram descartados.

(Web editor: Fátima Fu, editor)

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