Polícia de Hong Kong adapta conduta em função do comportamento dos manifestantes

Fonte: Diário do Povo Online    09.12.2019 10h48

Tang Ping-keung, o novo chefe da polícia de Hong Kong, disse que a polícia irá usar metodologias “duras e suaves” para lidar com a situação local.

Durante um encontro com a imprensa no sábado, em Beijing, durante o segundo dia da sua visita à capital, Tang disse que a polícia de Hong Kong irá reforçar as ações contra a violência - tais como uso de cocktails molotov ou incendiarismo. Porém, a polícia será flexível no modo como trata os manifestantes pacíficos nas ruas ou pequenos delitos perpetrados por jovens.

Ele disse que várias notícias falsas e rumores apareceram descredibilizando a polícia de Hong Kong, comprometendo a sua integridade. A polícia de Hong Kong irá realizar uma auto-avaliação, visando aumentar a transparência e manter o profissionalismo.

“Se alguém quiser usar uma comissão de inquérito como ferramenta para restringir a habilidade da polícia de investigar e impor a lei é injusto, e não concordo com isso”, disse.

Tang foi eleito comissário da polícia da Região Administrativa de Hong Kong em novembro pelo governo central, de acordo com a Lei Básica. Os novos comissários da polícia têm por costume visitar as autoridades centrais antes de assumirem o cargo.

O novo chefe da polícia disse ter apresentado a nova equipe de gestão da polícia e relatado os recentes desenvolvimentos, discutindo a cooperação policial entre a parte continental e Hong Kong aquando do encontro com as autoridades centrais.

No sábado de manhã, ele e sua delegação assistiram ao hastear da bandeira na praça Tiananmen.

A polícia de Hong Kong apreendeu no domingo uma arma semi-automática, cinco pentes carregados com 105 balas e várias outras armas ofensivas que se acredita fazerem parte do arsenal de manifestantes radicais para uso durante uma manifestação anti-governo marcada para aquele dia.

Steve Li Kwai-wah, superintendente sénior do Bureau para o Crime Organizado e Tríades, disse em uma coletiva de imprensa que se tratava da primeira arma que a polícia havia apreendido desde que os protestos irromperam devido à lei de extradição em junho.

No domingo, a polícia realizou rusgas a 11 localizações na cidade, apreendendo um elevado número de punhais, sabres, bastões, gás pimenta e panchões. Oito homens e três mulheres, com idades entre os 20 e os 63 anos foram presos durante os acontecimentos.

Entre os detidos, alguns deles eram estudantes, detidos por suspeita de posse de arma ou munições sem licença e por assembleia não autorizada, disse a polícia.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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