No dia 26 de novembro, o site Portogente publicou uma notícia, sobre uma manobra realizada pelo navio semi-submersível chinês "Xin Guang Hua" no canal entre São Sebastião e Ilhabela.
Em 19 de novembro, o navio chinês chegou ao litoral paulista, onde submergiu parcialmente até a uma profundidade de 27 metros (equivalente a um prédio de oito andares), para receber no seu convés-plataforma o navio Chipol Taihu, de 188 metros de comprimento, que apresentava problemas nos sistemas de propulsão e geração de energia.
Após receber a carga, a embarcação bombeia para fora a água dos tanques de lastro, até repor o normal nível de flutuabilidade, com cerca de 11 metros de calado, a fim de trazer o navio semi-submersível novamente para a profundidade normal, de navegação.
Depois disso, nos dias subsequentes, foram realizadas as soldas das estruturas no convés de carga, formando um picadeiro para apoiar o navio avariado com segurança, de modo a garantir a estabilidade e sustentar a embarcação na viagem de regresso à China.
As duas embarcações são da mesma operadora, a Cosco China, que desenvolveu esta iniciativa para garantir que o navio e a sua valiosa carga, de cerca de 40 mil toneladas de toras de madeira para a indústria de celulose, fossem transportados em segurança para o território chinês.
Existem 4 empresas que operam negócios de navios semi-submersíveis no mundo: COSCO Shipping, da China, DOCKWISE Shipping e Fairstar Heavy Transport, da Holanda, e Ocean Heavy Lift (OHT) da Noruega. A China é o segundo país a construir navios semi-submersíveis, depois da Holanda.
O "Xin Guang Hua", com 255 metros de extensão, 68 metros de largura, capacidade de submersão de 30,5 metros de profundidade e capacidade de carga de 98 mil toneladas, é o maior navio semi-submersível da China e o segundo maior do mundo. A área do convés tem 13.500 metros quadrados - o equivalente a dois campos de futebol padrão.
O contrato de construção foi assinado a 30 de junho de 2014. A construção teve início a 20 de março de 2015 e durou apenas 20 meses.