Depois de a China aplicar a política de Reforma e Abertura, a população pobre do país reduziu drasticamente. Entre 2013 a 2018, mais de 80 milhões de pessoas em áreas rurais foram retiradas da linha abaixo da pobreza; entretanto, a incidência de pobreza do país caiu de 10,2 por cento a 1,7 por cento, e 436 de seus 832 condados que anteriormente sofriam de pobreza extrema saíram da miséria.

Como pode um país que não tinha comida e roupas suficientes para o seu povo há setenta anos, confrontado com uma incidência de pobreza de mais de 97,5 por cento no final de 1978, tornar-se o maior contribuinte do mundo para a redução global da pobreza?

Vantagens institucionais insubstituíveis

A maior vantagem política da China é que, sob a liderança do Partido Comunista da China (PCCh), o sistema socialista nos permite concentrar nossos esforços em realizar grandes feitos.

Para reduzir a pobreza, desde o 18º Congresso Nacional do PCCh, o Comitê Central do Partido e órgãos do Estado selecionaram 1.727 quadros para ajudar neste objetivo, e investiram ou introduziram 71,4 bilhões de yuans (cerca de $10 bilhões de dólares) em fundos de assistência.

De acordo com os dados do Ministério das Finanças, de 2001 a 2010, o Governo Central atribuiu mais de 144 bilhões de yuans à redução da pobreza, enquanto o mesmo atribuiu 126,1 bilhões de yuans aos governos locais para a redução da pobreza em 2019.

Além disso, as disposições institucionais dos níveis central e local desempenham um papel indispensável na otimização da alocação dos recursos nacionais. Depois de setenta anos de esforços contínuos, especialmente desde o 18º Congresso Nacional do PCCh, a China elaborou um padrão de redução da pobreza "três em um" com um modelo de redução da pobreza, que inclui a redução da pobreza, redução da pobreza industrial e redução da pobreza social.

Como funciona a redução da pobreza da China? Temos todo um sistema nacional que nenhum país pode aprender", Guo Xiaoming, vice-presidente da Academia de Ciências Sociais de Sichuan resumiu.

Práticas de redução da pobreza em conformidade com as condições locais

Para promover a redução da pobreza orientada para o desenvolvimento e impulsionar o desenvolvimento social e econômico, é necessário, em primeiro lugar, definir a abordagem correta, disse o presidente chinês Xi Jinping, salientando que um plano deve satisfazer as condições locais.

O condado de Luanping, da cidade de Chengde, província de Hebei, no norte da China, é um alvo fundamental para os esforços de redução da pobreza do Diário do Povo. Em 2017, com a assistência do Diário do Povo, um projeto de usina fotovoltaica de 60-megawatt foi iniciado na vila Yuying, no condado de Luanping.

Até agora, o projeto tem fornecido empregos para mais de 200 pessoas da Vila de Yuying, com cada trabalhador ganhando em média 150 a 200 yuan por dia. Atualmente, há apenas uma família na vila de Yuying que ainda está abaixo da linha de pobreza, e a incidência de pobreza na aldeia caiu de 36.1 por cento em 2014 para o atual 0.2 por cento.

Este é um caso típico da China, e pode servir de modelo para outros países em desenvolvimento no ajustamento das medidas de redução da pobreza às condições locais, disse Devanand Ramiah, Residente Adjunto do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na China.

Assistência por todo o país

A província de Guizhou, no sudoeste da China, um campo de batalha da campanha de erradicação da pobreza do país, é uma testemunha importante do poder dos esforços concentrados.

Desde o início deste ano, Guizhou recebeu a ajuda de muitas cidades de todo o país, incluindo Shanghai, Guangzhou, Hangzhou e Dalian, de acordo com Peng Jinbin, inspetor do Escritório para Alívio da Pobreza e Desenvolvimento da província de Guizhou. Ele explicou que essas cidades vieram para ajudar Guizhou com um senso de responsabilidade, boa vontade e capital.

Em julho deste ano, várias cidades realizaram 11 reuniões conjuntas a nível municipal ou acima dela, realizaram visitas mútuas envolvendo 300 viagens de pessoas separadamente, confirmaram a assistência financeira planejada relacionada com o alívio da pobreza, que valia 2,7 bilhões de yuans, e enviaram um total de 215 funcionários e 1.330 profissionais e técnicos para Guizhou a fim de realizar tarefas voltadas para a erradicação da pobreza.

Como diz um ditado chinês, quando as pessoas trabalham com uma mente, elas podem até mesmo remover o Monte Taishan, tais milagres criados por esforços conjuntos em Guizhou estão acontecendo em toda a China.

Autoridades por trás da campanha de redução da pobreza

Hoje, 206.000 funcionários selecionados de todo o país servem como chefes de comitês do Partido em vilas pobres, com 700,000 funcionários vivendo e trabalhando em aldeias, 1,974,000 funcionários nas cidades, e milhões de líderes de vilas locais. Eles estão na linha de frente do combate à pobreza orientado para garantir que a assistência chegue às famílias atingidas pela pobreza.

Ao longo das últimas sete décadas, a China criou um sistema de eliminação da pobreza com características chinesas, estabelecendo a estratégia básica de redução e eliminação específicas da pobreza. As suas notáveis realizações na redução da pobreza constarão em destaque na história da luta da humanidade pela erradicação da pobreza.

No final deste ano, cerca de 95 por cento daqueles que vivem abaixo do limite de pobreza atual e mais de 90 por cento de todos os condados pobres devem ser retirados da pobreza. Com mais um ano de trabalho duro, a pobreza absoluta na China ficará no passado.