Beijing, 26 set (Xinhua) -- A China criticou o chamado "memorando" de vendas de armas de fogo dos EUA para Taiwan classificando o documento como errado e inválido, e pediu que os Estados Unidos se abstenham de vender armas para a ilha.
Segundo reportagens da mídia, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, tornou público em 30 de agosto um "memorando" enviado pelo então presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, ao secretário de Estado, George P. Shultz, e ao ministro da Defensa Nacional, Caspar Weinberger, depois que a China e os Estados Unidos emitiram um comunicado conjunto em 17 de agosto de 1982. O "memorando" disse que "a qualidade e a quantidade das armas fornecidas pelos Estados Unidos a Taiwan dependem completamente da ameaça representada pela China".
O conteúdo do chamado "memorando" viola gravemente o princípio de Uma Só China, os três comunicados conjuntos entre a China e os Estados Unidos, as normas básicas que governam as relações internacionais e é completamente errado e inválido, disse em uma entrevista coletiva Geng Shuang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, acrescentando que os EUA devem aderir aos três comunicados conjuntos em vez do "memorando" unilateral.
No comunicado conjunto emitido em 1982, o governo dos Estados Unidos declara que não vai implementar uma política de longo prazo de vendas de armas a Taiwan, e que as vendas de armas a Taiwan não superará, tanto em qualidade como em quantidade, o nível dos fornecidos nos últimos anos desde o estabelecimento das relações diplomáticas entre os Estados Unidos e a China. O comunicado também afirma que os EUA irão reduzir gradualmente as vendas de armas de fogo para Taiwan na medida em que o tempo vislumbre uma resolução final.
"Pedimos fortemente que os Estados Unidos honrem o compromisso solene com a China, adiram aos princípios de Uma Só China e os três comunicados conjuntos, parem de interferir nos assuntos internos da China, se abstenham de vender armas de fogo a Taiwan e tratem de forma adequada os assuntos relacionados, a fim de evitar mais interferências e danos às relações China-EUA e à paz e à estabilidade através do Estreito de Taiwan", disse Geng.