Beijing, 23 ago (Diário do Povo Online) – A recepção comemorativa do 45º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas foi realizada em Beijing no dia 22 de agosto. O vice-presidente do Comitê Permanente da Assemblia Popular Nacional da China, Ji Bingxuan, o vice-ministro das Relações Exteriores, Zheng Zeguang, o vice-presidente da Associação do Povo Chinês com os Países Estrangeiros, Song Jingwu, o embaixador brasileiro na China, Paulo Estivallet de Mesquita, e centenas de representantes dos dois países participaram da recepção.

Em seu discurso, o vice-presidente Song Jingwu apontou que o Brasil foi o primeiro país em desenvolvimento a estabelecer uma parceria estratégica com a China e o primeiro país Latino-americano a estabelecer uma parceria estratégica abrangente com a China. Os dois países passaram por um glorioso processo de 45 anos de mãos dadas, aprofundando a confiança política mútua, cooperação pragmática frutífera e trocas culturais humanas cada vez mais ativas, mantendo uma estreita cooperação nos assuntos regionais e internacionais, e tornaram-se bons amigos e parceiros para uma igualdade verdadeira, benefício mútuo e desenvolvimento harmonioso.

Song Jingwu afirmou que a China e o Brasil são os maiores países em desenvolvimento nos hemisférios oriental e ocidental, respectivamente. O impacto estratégico e global das relações bilaterais entre os dois países tem aumentado constantemente, o que pode ser considerado como um "modelo de cooperação Sul-Sul". Ele ressaltou que os frutos da cooperação entre os dois países trouxeram benefícios tangíveis para os povos dos dois países e constantemente reforçaram a compreensão mútua e a amizade entre os dois povos.

O embaixador brasileiro na China, Paulo Estivallet de Mesquita, disse em seu discurso, que o fluxo comercial entre o Brasil passou de cifras da ordem de dezenas de milhões de dólares para dezenas de bilhões de dólares de 1974 até hoje. Os fluxos de investimentos bilaterais também são cada vez mais importantes, com destaque para os significativos investimentos chineses em infraestrutura no Brasil, em áreas como energia e transporte.

A densidade do relacionamento sino-brasileiro está refletida na diversidade e intensidade da cooperação bilateral. O Brasil e a China têm iniciativas de cooperação em numerosas áreas, como espacial, ciência, tecnologia e inovação, finanças, educação e cultura. Em cooperação espacial temos um projeto pioneiro de cooperação Sul-Sul nesta área, o CBERS, que já colocou quatro satélites de sensoriamento remoto em órbita.

Estivallet afirmou que nos últimos 45 anos, construi-se um relacionamento sólido, com benefícios concretos para ambos os povos em diversas áreas. “Tenho confiança que o futuro será promissor para o Brasil e a China e que os dois países continuarão construindo um relacionamento dinâmico e profícuo para seus povos.”, proferiu ele.

A recepção foi organizada em conjunto pela Associação de Amizade do Povo Chinês com os Países Estrangeiros, Associação de Amizade do Povo Chinês com os Países Latino Americanos e Caribenhos, e a Embaixada do Brasil na China.