O Ministério do Comércio da China disse na quinta-feira que o país teria de tomar contramedidas se os Estados Unidos imporem novas tarifas adicionais sobre bens chineses.
A observação surgiu após que os EUA ameaçaram uma tarifa adicional de 10% sobre as importações chinesas de cerca de US$ 300 bilhões.
A posição da China é consistente e clara. "Guerras comerciais não produzem nenhum vencedor. A China não quer uma guerra comercial, mas não tem medo dela, e lutará contra ela caso necessário", disse o porta-voz do Ministério do Comércio Gao Feng em uma coletiva de imprensa.
Embora os EUA anunciaram um plano para adiar o aumento de tarifas sobre algumas mercadorias chinesas, qualquer novo aumento de tarifas pelos EUA levará a uma escalada de fricções comerciais unilaterais, disse Gao.
"Se os EUA agirem arbitrariamente, a China terá de tomar contramedidas", disse ele.
As medidas tarifárias prejudicarão os interesses tanto da China quanto dos EUA, e podem também ter um impacto recessivo para a economia global, disse Gao.
"Caso os EUA avancem deliberadamente, causará um impacto negativo severo sobre as empresas e os consumidores dos EUA", disse Gao. "Algumas instituições financeiras dos EUA previram que as tarifas custariam US$ 1 mil para uma família norte-americana comum por ano na média."
"Ao mesmo tempo, o adiamento na imposição de tarifas sobre algumas mercadorias demonstra plenamente que não há vencedores em uma guerra comercial", disse o porta-voz. "Se as fricções comerciais escalarem, ons consumidores e empresas dos EUA sofrerão perdas pesadas."
Gao expressou o desejo de que o lado norte-americano pare sua prática errônea de impor tarifas, chegue a um acordo com a China, e ache uma solução ao problema baseado na igualdade e respeito mútuo.
Ele disse que a ação dos EUA trará certos desafios para as exportações e a economia da China, mas o impacto é completamente controlável no geral.
"O lado chinês está confiante, determinado e é capaz de enfrentar vários desafios e manter o desenvolvimento sólido e estável da sua economia e comércio exterior", acrescentou ele.
Os negociadores comerciais chefe da China e dos EUA tiveram uma conversa pelo telefone em 13 de agosto e concordaram em fazer outra em duas semanas.
"As duas equipes de negociação têm mantido comunicação", disse Gao.