A China tomará as contramedidas necessárias se o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos impuser tarifas de 10% sobre os US$ 300 bilhões restantes em produtos chineses, advertiu um funcionário da Comissão de Tarifas Alfandegárias do Conselho de Estado em um comunicado na quinta-feira (15).
A medida por parte dos EUA violou seriamente o consenso alcançado entre os dois líderes da China e dos EUA durante suas reuniões na Argentina e em Osaka, acrescentou o funcionário.
O vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, realizou na noite desta terça-feira (13), uma conversa telefônica com os representantes comerciais dos EUA, e terá outra conversa telefônica dentro de duas semanas, de acordo com comunicado divulgado pelo Ministério do Comércio da China (MOFCOM, na sigla em inglês).
Tarifas de 10%
O president dos EUA, Donald Trump, disse no dia 1º de agosto que ele imporá tarifas adicionais de 10% sobre os US$ 300 bilhões restantes em importações da China a partir do dia 1º de setembro.
A nova tarifa veio um dia depois que os dois lados se reuniram em Shanghai para a 12ª rodada de consultas econômicas e comerciais em 30 e 31 de julho. Depois de reuniões, a China e os EUA disseram que ambos os lados realizaram trocas sincera, eficientes e construtivas sobre questões importantes, como a crescente compra de produtos agrícolas dos EUA pela China e a criação de condições favoráveis pelos EUA.
Em resposta à nova decisão tarifária dos EUA, o MOFCOM disse um dia após o anúncio de tarifas adicionais de Trump que foi uma violação grave do consenso alcançado entre os chefes dos dois países em Osaka, e não ajudou a resolver o problema.
A China tem acreditado que não há vencedor em uma guerra comercial, afirma o MOFCOM, e a China não quer uma guerra comercial, entretanto também não teme uma.