Hong Kong, 4 ago (Xinhua) -- Membros da população da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) se reuniram neste sábado do lado de fora do consulado geral dos Estados Unidos para protestar contra a interferência do país nos assuntos locais.

Centenas de manifestantes, que vieram em grupos sob uma fina garoa, ergueram bandeiras e cartazes com slogans expressando sua raiva, com dizeres como: "Pare de se intrometer nos assuntos de Hong Kong e causar caos" e "Forças estrangeiras não têm nenhum direito de interferir".

"Devolva a vida pacífica de volta para as pessoas de Hong Kong!", cantou a multidão.

Alguns tentaram entregar cartas de protesto ao consulado mas ninguém apareceu para recebê-las.

"Nós queremos estabilidade e esperamos que os Estados Unidos parem de interferir nos assuntos de Hong Kong e causar caos", disse senhor Wong, um dos manifestantes.

"As observações indiscretas dos Estados Unidos e de outras forças estrangeiras enganaram alguns jovens radicais para a violência. Os protestos recentes romperam severamente a vida cotidiana dos moradores de Hong Kong", disse Yeung, outro manifestante.

"As pessoas de Hong Kong podem lidar com os assuntos de Hong Kong, e eu acredito que as coisas melhorarão", acrescentou.

Jovens e idosos juntaram-se no protesto do lado de fora do consulado, situado no distrito central da cidade.

Um manifestante de idade avançada de sobrenome Wong disse à imprensa que ele acredita que forças estrangeiras estavam por atrás dos recentes incidentes violentos.

"Aqueles radicais violentos não podem representar os moradores de Hong Kong. O que nós queremos é a estabilidade, prosperidade e o bem-estar", disse.

Semanas de demonstrações e incidentes violentos prejudicaram o Estado de Direito e a ordem social de Hong Kong, afetando os setores varejista e turístico.

"Os incidentes recentes atrapalharam nossa vida. Nós não podemos comer bem nem dormir bem", disse uma manifestante de sobrenome Wong.

"Nós esperamos que os Estados Unidos parem com sua interferência e devolvam uma Hong Kong pacífica para nós", disse ela.