Pressão de EUA sobre reforma de OMC é contrária a fatos e princípios da entidade, afirma China

Fonte: Xinhua    02.08.2019 14h08

Beijing, 2 ago (Xinhua) -- A negação dos Estados Unidos do "status de país em desenvolvimento" para alguns membros, incluindo a China, na Organização Mundial do Comércio (OMC) não está alinhada nem com os fatos nem com os princípios e o espírito da entidade, afirmou o Ministério do Comércio chinês nesta quinta-feira.

Questões de desenvolvimento estão no centro do trabalho da OMC, apontou Gao Feng, porta-voz da pasta, ao responder perguntas em uma coletiva de imprensa relacionadas à pressão imposta pelos Estados Unidos na instituição.

Embora alguns membros da OMC tenham se desenvolvido rapidamente nos últimos anos, a disparidade geral entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento ainda existe e até demonstra uma tendência de alargamento, salientou Gao.

Ele destacou que os países em desenvolvimento ainda precisam de espaço político para promover o desenvolvimento integral, e seus direitos de "tratamento especial e diferencial" devem ser efetivamente protegidos.

"A China é o maior país em desenvolvimento do mundo e levaria muito tempo para se aproximar dos desenvolvidos em muitos aspectos", destacou o porta-voz.

Citando um relatório recente emitido pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Gao apontou que o índice de desenvolvimento humano da China ficou em 86º lugar no mundo, apenas um pouco acima do nível médio mundial.

Ele também disse que a disparidade de renda per capita absoluta entre a China e os Estados Unidos aumentou de US$ 43 mil para US$ 46 mil entre 2000 e 2016.

Como um país em desenvolvimento responsável, a China continuará a assumir suas responsabilidades internacionais proporcionais ao seu desenvolvimento econômico, afirmou Gao.

O funcionário ressaltou que a China, juntamente com outros países em desenvolvimento na OMC, defenderá firmemente seus direitos e interesses legais e desempenhará um papel construtivo na reforma da entidade.

"Esperamos que o lado estadunidense possa abandonar as práticas erradas de unilateralismo e intimidação e possa trabalhar com outros membros da OMC para impulsionar a reforma da instituição em uma direção positiva", finalizou Gao.

(Web editor: Zhang Rong, editor)

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