Entrevista: Mais oportunidades para cooperação Colômbia-China virão, diz presidente colombiano

Fonte: Xinhua    02.08.2019 14h04

Beijing, 2 ago (Xinhua) -- Nos últimos anos, testemunhamos laços estreitos entre a Colômbia e a China, com mais oportunidades para a cooperação bilateral futura, disse o presidente colombiano, Iván Duque Márquez, em uma entrevista exclusiva à Xinhua.

Observando que este ano marca o 70º aniversário da fundação da República Popular da China, Duque assinalou que a Colômbia e a China estabeleceram relações diplomáticas em 1980 e que o 40º aniversário de seus laços diplomáticos cairá em fevereiro de 2020.

"Minha visita a Shanghai e Beijing é para reforçar esse relacionamento, não só olhando para trás como começou o relacionamento bilateral, como também olhando adiante para os próximos 40 anos", disse Duque na terça-feira à Xinhua, durante sua primeira visita de Estado à China como presidente colombiano entre 28 e 31 de julho.

Com o comércio bilateral prosperando nos últimos anos, a China se tornou o segundo maior parceiro comercial da Colômbia, que é o quinto maior parceiro comercial do país asiático na América Latina. De acordo com as estatísticas alfandegárias chinesas, o volume de comércio bilateral atingiu US$ 14,6 bilhões em 2018, aumento anual de 29,2%.

Segundo Duque, 85% das exportações colombianas para a China são atualmente produtos petrolíferos, e é uma tarefa importante para a Colômbia expandir e diversificar as exportações para a China.

O presidente colombiano expressou satisfação com as exportações colombianas de banana para a China, do qual o volume total ultrapassou US$ 40 milhões, tornando a banana o primeiro produto agrícola entre as exportações colombianas para o país asiático.

Já que a China ajusta sua estrutura econômica e atualiza o consumo, um número crescente de "sabores latino-americanos" chegou às mesas do povo chinês, trazendo mais oportunidades para o comércio de produtos agrícolas entre a China e a América Latina.

Chamando a China de um mercado importante para os países latino-americanos, Duque expressou a esperança da Colômbia de ampliar as exportações de produtos agrícolas para a China, incluindo café, flores e carne bovina, e de fornecer aos consumidores chineses "o tipo de sabores que estão procurando".

Ele disse que a Colômbia está aberta para discutir a Iniciativa do Cinturão e Rota, e que espera formar um plano bilateral para guiar o desenvolvimento dos laços Colômbia-China nos próximos 40 anos.

Duque saúda o investimento das empresas chinesas em projetos de portos, aeroportos e estradas na Colômbia.

"Queremos ter voos diretos de Shanghai para Bogotá, e também a partir de Beijing para termos uma melhor conectividade", disse ele. "Eu considero que podemos combinar ambas as visões, e com isso fortalecemos o relacionamento bilateral diplomático."

O investimento agregado que a Colômbia recebeu da China ainda é "muito pequeno", considerando o tamanho de ambas as economias, destacou Duque, dizendo que a Colômbia está trabalhando duro para atrair maior investimento da China, a fim de acelerar o crescimento econômico de ambos os países.

Atualmente, o número anual de turistas chineses que vão à Colômbia é de apenas 15 mil, uma cifra "muito baixa" de acordo com Duque, que manifestou a esperança de que a plataforma Baidu possa ser usada para impulsionar o turismo e os intercâmbios cultural e acadêmico entre os dois países.

O presidente colombiano também vê possibilidade de cooperação nos campos de inteligência artificial e Internet das Coisas (IoT, em inglês) para ajudar a intensificar ainda mais os laços bilaterais, apontando que algumas empresas chinesas já estão trabalhando com IoT na Colômbia.

Duque falou sobre seu sentimento em relação à China de hoje em comparação com em 2005, quando ele visitou a China como turista e ficou "fascinado".

"É ainda mais fascinante hoje", disse ele, citando as realizações da China em tecnologia, desenvolvimento urbano, cidades inteligentes, transporte e indústria criativa, entre outras.

(Web editor: Zhang Rong, editor)

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