Trump ataca chefe do Fed por não sinalizar ciclo de corte de juros

Fonte: Xinhua    02.08.2019 10h08

Washington, 31 jul (Xinhua) -- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou na quarta-feira o presidente da Sistema da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, por não sinalizar o início de um "longo e agressivo ciclo de corte de juros" desde a crise financeira global de 2008.

"Como de costume, Powell nos decepcionou", disse o presidente dos EUA em um tweet. "Estamos vencendo mesmo assim, mas certamente não estou recebendo muita ajuda do Federal Reserve!".

O Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC), o órgão regulador do Fed, reduziu a meta para a taxa dos fundos federais em 25 pontos base para 2,25 por cento após concluir sua reunião de política de dois dias, alinhado com a expectativa do mercado.

"Ao longo do ano, o fraco crescimento global, a incerteza na política comercial e a inflação moderada levaram o FOMC a ajustar sua avaliação da trajetória apropriada das taxas de juros", disse Powell em entrevista coletiva na tarde de quarta-feira.

Chamado de "ajuste de ciclo intermediário" à política monetária do banco central, Powell disse que o corte na taxa "não é o começo de uma longa série de cortes nas taxas". O mercado de ações despencou depois de seus comentários.

"O que o mercado queria ouvir de Jay Powell e do Fed era que este era o começo de um longo e agressivo ciclo de corte de juros que acompanharia a China, a União Europeia e outros países ao redor do mundo", disse Trump.

O presidente dos EUA acrescentou que "pelo menos ele está terminando o aperto quantitativo, que não deveria ter começado em primeiro lugar, nenhuma inflação", referindo-se à decisão do Fed de concluir o segundo turno do balanço em agosto, em vez de ser no fim de setembro como previamente previsto.

Trump repetidamente expressou suas críticas à política monetária do Fed nos últimos meses e, no começo da semana, o presidente exigiu um corte maior nas taxas. Powell, entretanto, ressaltou o compromisso do Fed com a independência.

"Nunca levamos em conta considerações políticas. Não há lugar em nossas discussões para isso", disse o chefe do banco central na conferência de imprensa. "Não conduzimos política monetária para provar nossa independência. Nós a conduzimos para nos aproximarmos o máximo possível de nossas metas estatutárias."

(Web editor: Renato Lu, editor)

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