Hong Kong: Discussão racional e calma sobre o Projeto de Lei de Extradição

Fonte: Diário do Povo Online    14.06.2019 10h13

Áreas administrativas e comerciais centrais da cidade são parcialmente reabertas após motins

Oficiais de polícia assumem posição fora do escritório do Chefe Executivo em Hong Kong a 12 de junho, 2019. [Foto de ROY LIU / CHINA DAILY]

Na quinta-feira realizaram-se discussões calmas e racionais sobre a Lei de Extradição de Hong Kong, depois de a cidade ter passado por um caos e perdas econômicas devido ao protesto de quarta-feira.

Os recursos vieram depois de dezenas de milhares de manifestantes paralisarem a principal área administrativa e empresarial de Hong Kong para suspender a deliberação da Lei de Extradição no Conselho Legislativo. Durante o protesto, houve vários confrontos violentos entre manifestantes radicais e policiais.

Em um discurso televisivo na quarta-feira à noite, a diretora executiva da RAEHK, Carrie Lam Cheng Yuet-ngor, chamou o protesto de "um tumulto flagrante e organizado".

Os tumultos deixaram 22 policiais e 81 manifestantes feridos. Onze manifestantes foram presos por assembléia ilegal, agressão à polícia, conduta desordeira em um lugar público e outros crimes relacionados com tumultos, de acordo com a polícia.

Depois de paralisado por toda quarta-feira, o tráfego na área de Admiralty, onde fica a sede do governo da RAEHK, o Conselho Legislativo e muitas instituições financeiras internacionais estão localizadas, retornaram parcialmente na quinta-feira, com sacos de plástico, garrafas de água e guarda-chuvas espalhados pela estrada.

A sede do governo permanecerá fechada na sexta-feira devido a preocupações de segurança.

A segunda leitura programada da Lei de Extradição do governo foi adiada para a próxima semana, o mais cedo possível.

As ações de Hong Kong diminuíram para uma segunda sessão de negociação consecutiva na quinta-feira, com o sentimento de mercado diminuído pelo medo de que as tensões entre manifestantes e policiais permanecem altas após as manifestações violentas da cidade.

Após uma queda de quase 500-ponto na sessão da manhã, o Índice Hang Seng cortou suas perdas à tarde e fechou por 0.05 por cento, ou 13.7 pontos, para 27,294.

O legislador Wong Ting-kwong, que representa o setor das importações e exportações no Conselho Legislativo, induiu Hong Kong a regressar à ordem em breve, dizendo que ajudará a resolver a preocupação da comunidade internacional em relação ao seu ambiente empresarial.

Respondendo às preocupações sobre a estabilidade e independência judicial de Hong Kong, Wong disse que a maioria delas foram geradas pela falta de compreensão da sociedade de Hong Kong. Ele acrescentou que os métodos violentos dos manifestantes ameaçavam a segurança pública.

Wong chamou o governo para explicar melhor o assunto ao público. “Como a estabilidade social é restaurada, estou confiante que as preocupações internacionais serão dissipadas de acordo", disse Wong.

Embora condene veementemente atos de violência por parte de alguns manifestantes, o comissário de polícia Lo Waichung afirmou que a polícia espera sinceramente que o público possa expressar as suas opiniões de forma pacífica, ordenada e legal.

Triste pelos conflitos violentos de quarta-feira, a sociedade de direito de Hong Kong reiterou que o projeto de Lei deve ser debatido de forma calma, racional e construtiva, com vista a encontrar uma solução adequada para o benefício de Hong Kong como um todo.

Em uma declaração emitida na quinta-feira, a associação profissional de advogados em Hong Kong ressaltou que a cidade é uma sociedade civilizada com uma população diversificada, onde o engajamento através de debate racional sempre foi respeitado.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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