EUA exortados a remover proibições a empresas chinesas

Fonte: Diário do Povo Online    14.06.2019 09h56

O Ministério do Comércio urgiu na quinta-feira os EUA a cessarem imediatamente as suas práticas erradas e rescindir unilateralmente as sanções contra as empresas chinesas.

A China irá tomar todas as medidas necessárias para assegurar os direitos legítimos das suas empresas, segundo Gao Feng, o porta-voz do ministério, durante uma coletiva de imprensa.

O ministério irá em breve emitir detalhes sobre uma lista de “entidades inseguras” – uma lista negra de empresas estrangeiras que, por motivos não comerciais, comprometem os interesses das empresas chinesas, disse Gao.

A China e os EUA, as duas maiores economias do mundo, chegaram a um impasse nas negociações sobre motivos comerciais. A China opôs-se repetidamente às medidas unilaterais e protecionistas de Washington, tendo se comprometido a responder em igual medida.

A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, a maior instituição de planejamento econômico do país, está preparando para compor uma lista de gestão de segurança tecnológica nacional para mitigar os riscos à segurança do país.

Gao disse ser uma prática internacional dos países protegerem as suas tecnologias através do sistema legal.

Nos primeiros 5 meses, o investimento dos EUA na China aumentou em 7.5% em termos anuais, segundo o Ministério do Comércio. Em termos gerais, o investimento direto estrangeiro da China aumentou em 6,8% em termos anuais para 369,06 bilhões de yuans ($53,35 bilhões) durante o período.

O volume comercial entre a China e os EUA caiu em 9,6% para 1,42 trilhões de yuans entre janeiro e maio. Gao disse que 5 meses consecutivos de diminuição do comércio revelaram que as vantagens competitivas dos produtos americanos haviam caído e que os negócios normais das empresas teriam sido comprometidos.

Zhang Ming, embaixador da China na União Europeia, disse que o governo dos EUA tem vindo a recorrer às tarifas em vários mercados, incluindo a UE.

A China e a UE devem trabalhar em conjunto para proporcionar um ambiente de negócios mais estável e previsível, disse Zhang durante um banquete na terça-feira, organizado pela Associação de Negócios UE-China.

Bai Chongen, diretor da Escola de Economia e Gestão da Universidade Tsinghua, disse: “A economia chinesa tem um enorme potencial, e, desde que continuemos com as reformas, não seremos derrotados. Enquanto isso, precisamos de manter a porta aberta para proteger o multilateralismo”.

Bai sugeriu que os mercados na Europa – especialmente o Reino Unido, França, e Alemanha – eram particularmente importantes.

“O conflito essencial está ocorrendo entre o unilateralismo e o multilateralismo”, disse ele. “A China poderia tornar essa situação em algo positivo se gerir adequadamente o conflito, pois a China pode fazer amizade com mais países no mundo. Trata-se de um sentimento partilhado entre esses países e a China”.

Ju Jiandong, um professor de economia da Universidade Tsinghua, referiu que os EUA precisam de avaliar cuidadosamente o dano potencial de uma guerra comercial.

“A quebra da cadeia de valor global poderia causar o colapso de um mercado de ações”, disse ele. “A falência do Lehman Brothers quase esmagou Wall Street, e estamos agora a falar de dezenas de empresas envolvidas na cadeia de valor global”.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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