O presidente Xi Jinping (D) mantém conversações com o seu homólogo do Quirguizistão, Sooronbay Jeenbekov, no Grande Salão do Povo em Beijing, a 6 de junho, 2018.[Foto /Xinhua]
A viagem incluirá conversações bilaterais com líderes de nações na reunião da organização regional.
A China assinará uma série de acordos de cooperação com o Quirguizistão e o Tajiquistão durante as visitas do presidente Xi Jinping aos dois países da Ásia Central, de modo a reforçar ainda mais os seus laços, afirmou um diplomata sênior na segunda-feira (10).
Como importante resultado das visitas de Xi, Beijing também assinará uma declaração conjunta com cada país sobre a promoção de suas parcerias estratégicas abrangentes, disse o vice-ministro das Relações Exteriores Zhang Hanhui em uma coletiva de imprensa.
Xi também participará na 19ª reunião do Conselho de Chefes de Estado da Organização de Cooperação de Shanghai (OCS) em Bishkek, a capital do Quirguizistão, durante a sua estadia de quarta-feira a sexta-feira, bem como na quinta cúpula da Conferência sobre Interação e Medidas de Construção da Confiança na Ásia (CICA, em inglês), a ter lugar na capital tajique de Dushanbe, durante a sua visita de sexta-feira até domingo.
As visitas ocorrem algumas semanas após as reuniões de Xi com o presidente do Quirguizistão Sooronbay Jeenbekov e o presidente do Tajiquistão Emomali Rahmon em Beijing, no final de abril, durante o segundo Fórum do Cinturão e Rota para a Cooperação Internacional.
Perante a mudança da situação Internacional, as relações entre a China e os países da Ásia Central mantêm um desenvolvimento contínuo, estável e saudável, disse Zhang, acrescentando que os laços entre a China e os dois países estão no seu melhor momento na história e estão enfrentando grandes perspectivas de desenvolvimento.
"As visitas do presidente Xi aprofundarão ainda mais a base política dos laços entre a China e o Quirguizistão, bem como a China e o Tajiquistão, traçarão um novo modelo para a construção conjunta do Cinturão e Rota e traduzirão a sua confiança política de alto nível em resultados de cooperação mais substanciais", disse Zhang.
Além da sua cooperação no investimento em infraestruturas no âmbito da Iniciativa do Cinturão e Rota(ICR), a China facilitará as importações de produtos agrícolas, tais como soja e grãos dos países da Ásia Central, para o seu enorme mercado, disse o vice-ministro,
"Será dada prioridade aos campos agrícolas e pecuários na futura cooperação entre a China e as nações da Ásia Central", acrescentou.
Xi terá também uma série de reuniões bilaterais com alguns dos líderes de outros países que participam da cúpula da OCS, em que os laços bilaterais serão abordados, bem como as principais questões internacionais de preocupação comum, disse Zhang.
Um problema proeminente nas relações internacionais é o protecionismo comercial e o unilateralismo, disse Zhang, por isso não é estranho que as questões comerciais sejam um assunto importante para reuniões bilaterais entre Xi e os líderes estrangeiros.
“Lidar com o bullying econômico, o protecionismo comercial e o unilateralismo dos Estados Unidos não é apenas assunto da China, também importa para a recuperação da Economia mundial ”, disse Zhang.
Em relação ao futuro desenvolvimento da OCS, Zhang afirma que o objetivo a curto prazo da organização regional é construir uma comunidade de desenvolvimento e segurança, enquanto seu objetivo a longo prazo é construir uma comunidade com futuro compartilhado.
O "relatório anual sobre a Organização de Cooperação de Shanghai (2019)", divulgado pela academia chinesa de ciências sociais na segunda-feira, destacou os desafios que o organismo regional enfrenta devido ao unilateralismo, ao protecionismo e ao terrorismo contra o pano de fundo da crescente incerteza e instabilidade globais.
O relatório afirma que a confiança política mútua entre os membros da OCS foi reforçada e o desenvolvimento de alta qualidade da ICR tem injetado um novo impulso na cooperação dos Estados participantes.
Como uma força significativa para promover a governança global, a OCS efetivamente protegeu a segurança, estabilidade e desenvolvimento na região, afirmou.