Beijing, 6 jun (Xinhua) -- Um dos aspectos mais frustrantes e decepcionantes da guerra comercial entre a China e os Estados Unidos tem sido a distorção dos fatos pelo lado norte-americano, que piorou mais recentemente após a publicação de um livro branco pela China sobre as consultas comerciais entre os dois países.
Depois que a China apresentou de forma abrangente e precisa o processo de consultas bilaterais no livro branco, o Escritório do Representante de Comércio dos EUA e o Departamento do Tesouro dos EUA divulgaram uma declaração conjunta, aderindo a uma postura preconceituosa e distorcendo os fatos.
A declaração acusou sem fundamento a China de "dar para trás" nas consultas bilaterais e de conduzir um "jogo de acusações".
No entanto, qualquer um que tenha lido o livro branco da China teria outra posição sobre o assunto, já que a China detalhou claramente como permaneceu calma, conteve-se e demonstrou grande sinceridade durante as consultas econômicas e comerciais.
São os Estados Unidos que retrocederam três vezes ao longo das consultas econômicas e comerciais e que devem assumir a responsabilidade integral e absoluta pelo severo retrocesso das consultas.
A administração dos EUA, com a intensão de coagir a China em acordos que prejudicam sua soberania, recorreu a medidas de intimidação comercial, incluindo a escalada das tarifas sobre bens chineses e a restrição a empresas de tecnologia chinesas.
De acordo com o livro branco, a soberania e a dignidade de um país devem ser respeitados durante as consultas. O lado norte-americano deve perceber que não é ilusório esperar que a China abdique de seus princípios.
Como a China tem tomado medidas efetivas para abrir seu mercado, intensificar a proteção da propriedade intelectual e expandir as importações dos Estados Unidos, as empresas, trabalhadores e agricultores dos EUA se beneficiaram consideravelmente do mercado chinês.
A China poderia prover mais oportunidades se não fosse pelo protecionismo comercial da administração dos EUA, que vai acabar prejudicando seriamente a economia norte-americana.
É preciso uma relação de respeito para conduzir as consultas bilaterais, que é o único caminho correto para solucionar as fricções comerciais. A China está aberta para negociações, mas lutará até o fim, se for necessário.