Nova York, 4 jun (Xinhua) -- O documento da China sobre as consultas econômicas e comerciais entre a China e os EUA enviou mensagens firmes e positivas em um ponto crucial das relações comerciais bilaterais, disse um especialista dos EUA na China.
O tom do documento, intitulado "Posição da China nas Consultas Econômicas e Comerciais China-EUA", é firme, mas contido em apresentar seus pontos-chave, disse Sourabh Gupta, membro sênior do Instituto de Estudos China-América, com sede em Washington, em entrevista à Xinhua via e-mail na segunda-feira.
"Não houve recriminações amargas - os repetidos casos de retrocesso dos EUA foram objetivamente estabelecidos, e certamente nenhuma declaração forte de ameaça ou contramedidas foi emitida", disse Gupta. "A firmeza de determinação da China foi expressa em fatos práticos e através do tom do documento".
Gupta disse que a questão do documento parece ser moderar o conflito comercial, não agravá-lo - mesmo quando eles se comunicam com terceiros sobre como a China e os Estados Unidos chegaram a esse ponto em seu conflito.
O Gabinete de Informação do Conselho de Estado da China publicou o documento no domingo, denunciando as medidas unilaterais e protecionistas dos EUA, criticando o retrocesso nas negociações comerciais China-EUA e expondo a posição da China sobre consultas comerciais e a busca de soluções razoáveis.
Em uma escalada das tensões comerciais, Washington em 10 de maio aumentou as tarifas adicionais de US$ 200 bilhões em importações chinesas de 10% para 25%, e ameaçou aumentar as tarifas sobre mais importações chinesas. Como resposta, a China aumentou tarifas de importações dos EUA no sábado.
Gupta disse que o documento é "cronometrado para transmitir a mensagem de que ambas as partes devem adotar uma abordagem construtiva e voltada para o futuro e, com sinceridade e comprometimento mútuo, os dois lados são eminentemente capazes de avançar nas negociações".
A China cumprirá suas obrigações comerciais e não tem medo de ser responsabilizada nesse sentido, e seu registro de solução de controvérsias da Organização Mundial do Comércio atesta isso, observou Gupta.
"Mas se opõe - e com razão - a ser responsabilizada de maneira unilateral que requer comprometimento com um atributo-chave da soberania - o direito de escrever as próprias leis sem ordem ou coação", acrescentou.
O documento apresentou que cada país tem suas próprias questões de princípio e que, em questões de princípio importantes, a China não recuará.
Em um contexto estratégico, as negociações bilaterais ainda estão bem consolidadas e vão se concretizar em algum momento, mais cedo ou mais tarde, disse o especialista.