O Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica
Os EUA designaram na segunda-feira o Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica (EGRI) como uma “organização terrorista estrangeira”, consistindo numa decisão sem precedentes que terá efeitos nas tensões entre os dois países, e no Oriente Médio em geral.
“Esta designação consiste na primeira vez que os EUA nomearam parte de outro governo uma organização terrorista estrangeira”, disse Donald Trump, presidente dos EUA, por intermédio de um comunicado da Casa Branca.
“Este passo sem precedentes, liderado pelo Departamento de Estado, reconhece a realidade de que o Irã é, não só um estado patrocinador de terrorismo, mas que o EGRI participa ativamente, financia, e promove o terrorismo como ferramenta de estadismo”, disse Trump.
O Irã condenou imediatamente a decisão da administração Trump como “uma desventura perigosa dos EUA na região”, e qualificou o Comando Central dos EUA na Ásia ocidental como “um grupo terrorista”.
O Conselho de Segurança Nacional Suprema do Irã considera o governo dos EUA um “patrocinador do terrorismo” e designou o Comando Central estadunidense, bem como as forças a este afiliadas na Ásia Ocidental, um “grupo terrorista”, segundo a agência noticiosa oficial IRNA, citando um comunicado do conselho.
As tensões entre os EUA e o Irã escalaram desde que a atual administração estadunidense inverteu a posição face ao acordo nuclear iraniano de 2015, em maio do ano passado, repondo as sanções em setores críticos do Irã, como energia, expedição, construção naval e finanças.