Livro branco critica 14º Dalai Lama por tentar manter escravidão feudal

Fonte: Xinhua    27.03.2019 13h28

Beijing, 27 mar (Xinhua) -- Um livro branco divulgado na quarta-feira expôs a história escura da servidão feudal no Tibet e criticou o 14º Dalai Lama e reacionários da alta aristocracia do Tibet por tentar manter um sistema atrasado.

"Por séculos o Tibet foi mantido sob uma escravidão feudal governada por uma teocracia. Milhões de escravos estavam sujeitos à exploração e pressão cruéis até a reforma democrática em 1959", disse o livro branco "Reforma Democrática no Tibet -- Sessenta Anos Decorrentes", divulgado pelo Departamento de Comunicação do Conselho de Estado da China.

Sob o sistema, os três principais estamentos estatais --funcionários do governo, nobres, e lamas de classe superior em monastérios-- destituíram todos os direitos dos escravos, tiveram nas suas mãos a vida e a morte dos escravos, monopolizaram a terra, pastos e outros meios de produção, disse.

Eles também possuíam e escravizavam os servos, os exploravam com impostos e taxas, e exerciam rigorosamente controle mental em nome da religião, acrescentou.

"A escravidão é a forma mais brutal de escravização da sociedade feudal. Ele é um sistema social selvagem e atrasado em termos de desenvolvimento econômico, democracia ou proteção dos direitos humanos".

"Nos anos 1950, a mera existência da servidão feudal violou a tendência do desenvolvimento da história humana", disse o livro branco, observando que tal sistema era uma mancha civilizacional e estava destinado a ser erradicado pela história.

"Mesmo eles estando cientes de que a escravidão feudal sob a teocracia estava terminando, o 14º Dalai Lama e os reacionários da alta classe do Tibet não tinham nenhum desejo de conduzir reformas", disse.

"Ao contrário, eles tentaram manter o sistema por medo de que a reforma retirasse seus privilégios políticos e religiosos, junto com seus enormes benefícios econômicos", diz o livro branco.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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