Beijing, 5 mar (Xinhua) -- O premiê Li Keqiang admitiu que a China enfrentou desafios severos causados pelas dores crescentes da transformação econômica, ao apresentar um relatório de trabalho do governo para a sessão legislativa anual nesta terça-feira.
"Olhando de volta para o último ano, podemos ver que nossos avanços não foram obtidos facilmente", indicou Li na reunião de abertura da segunda sessão anual da 13ª Assembleia Popular Nacional.
"Um entrelaçamento de questões antigas e novas e uma combinação de problemas cíclicos e estruturais levaram a mudanças no desempenho econômico em geral estável, algumas das quais causaram preocupação".
Li salientou que a China também enfrentou uma mudança profunda em seu ambiente externo em 2018.
Retrocessos na globalização econômica, desafios para o multilateralismo, choques no mercado financeiro internacional e especialmente as fricções econômicas e comerciais China-EUA, tiveram um efeito adverso na produção e nas operações comerciais de algumas companhias, assim como nas expectativas do mercado, segundo o primeiro-ministro.
Além disso, a China enfrentava um terreno complicado de crescentes dilemas, com metas múltiplas a serem cumpridas, como a garantia de um crescimento estável e a prevenção de riscos, assim como inúmeras tarefas a serem completadas, como a promoção do desenvolvimento econômico e social.
Li destacou que o país também teve múltiplas relações para lidar, incluindo aquelas entre os interesses de curto prazo e de longo prazo, enquanto a dificuldade para fazer escolhas de políticas e avançar no trabalho aumentava notavelmente.