Por Lu Yanan, Diário do Povo Online

Nos últimos cinco anos, desde a apresentação da iniciativa do Cinturão e Rota, o volume total de comércio de mercadorias entre a China e os países abrangidos pela iniciativa ultrapassou os cinco trilhões de dólares até junho deste ano. A China investiu um total de 28,9 bilhões de dólares nas regiões de cooperação econômica e comercial construídas nesses países, criando 244 mil empregos e 2,01 bilhões de dólares em impostos, afirmou Ning Jizhe, vice-diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma e diretor da Administração Estatal de Estatísticas, em uma coletiva de imprensa realizada ontem (27).

“A proposta de construção conjunta da iniciativa do Cinturão e Rota e o conceito de negociação e compartilhamento foram já incluídos nos documentos das Nações Unidas e de outros importantes mecanismos internacionais. Até agora, 103 países e organizações internacionais assinaram 118 acordos de cooperação com a China relativos ao Cinturão e Rota”, reforçou Ning.

Segundo o vice-diretor, 265 dos 279 resultados apresentados no primeiro Fórum do Cinturão e Rota Para Cooperação Internacional, realizado no ano passado em Beijing, foram já concretizados ou estão sendo realizados, e os restantes 14 projetos estão também sendo promovidos, com uma taxa de concretização de 95%.

Vários projetos de cooperação obtiveram grandes avanços, incluindo a construção do corredor econômico China-Paquistão, das ferrovias China-Laos, China-Tailândia e Hungria-Sérvia, da ferrovia de alta velocidade Jakarta-Bandung, e do porto de Gwadar.

Até ao dia 26 de agosto deste ano, o trem de carga China-Europa realizou 10 mil viagens, cobrindo 43 cidades em 15 países europeus.

A China também se tornou o maior parceiro comercial de 25 países ao longo do Cinturão e Rota. O vice-ministro do Comércio, Qian Keming, disse que, nos últimos cinco anos, a China investiu mais de 70 bilhões de dólares nos países abrangidos pela iniciativa, com um crescimento anual de 7,2%, e o volume total de acordos de projetos recém-assinados nesses países ultrapassando os 500 bilhões de dólares.

“A China relaxou também as políticas de entrada de investimento estrangeiro no mercado chinês, e estabeleceu um melhor ambiente de negócios para atrair investimento dos países ao longo do Cinturão e Rota”, acrescentou Qian.

Além disso, a construção das regiões de cooperação econômica e comercial tem decorrido sem entraves. Nos últimos cinco anos, as empresas chinesas estabeleceram 82 regiões de cooperação econômica e comercial nos países ao longo do Cinturão e Rota, atraindo 3995 empresas.

A China assinou ou atualizou cinco acordos de livre comércio com 13 países ao longo da Cinturão e Rota, formando uma rede global de livre comércio com alto padrão.

De acordo com Ning, a China colaborou nas áreas de educação, tecnologia e cultura, e elaborou um plano de cooperação nos setores de finanças, energia, agricultura, entre outras, além de ter fundado instituições de educação no exterior através do projeto de bolsas de estudo “Rota da Seda”.

Até 2017, o país tinha um total de mais de 300 mil estudantes dos países abrangidos pela iniciativa, e 60 mil estudantes chineses a estudar nesses países.

Prevê-se que em 2020, o número total de turistas entre a China e os países ao longo do Cinturão e Rota supere os 85 milhões, com um consumo turístico total de cerca de 110 bilhões de dólares.