Há cada vez menos casamentos na China

Fonte: Diário do Povo Online    17.08.2018 10h54

De acordo com um conjunto de dados divulgados pelo Ministério dos Assuntos Civis, no ano passado, o número do registro de matrimônios na China foi de 10,631 milhões, uma queda de 7,0% em relação ao ano anterior. Este é o quarto ano consecutivo em que os números diminuem desde 2014, sendo também a maior descida desde então.

Em 2017, um total de 4,37 milhões de casais chineses pediram o divórcio, um aumento de 5,2% face ao ano anterior. A taxa de divórcios é de 3,2 ‰, um número que tem vindo a aumentar cada vez mais.

Além disso, o casamento tardio é também destacado. De acordo com os dados, antes de 2012, a maior proporção dos casais que registravam o casamento tinham entre 20 e 24 anos. Desde então, a faixa etária dos 25 aos 29 anos tem sido a força motriz. Em 2017, o número de registros de casamento de casais com idades entre 25 e 29 anos foi responsável pela maior parcela de casamentos, correspondendo a 36,9%.

De acordo com a análise dos especialistas, o declínio no número de pessoas em idade para casar, o atraso na idade do casamento e a aceleração da urbanização são as razões principais para que existam cada vez menos casamentos no país.

Na China, desde a década de 1990, o número de nascimentos tem também diminuído anualmente. Desta perspetiva, o declínio no número de casamentos é também compreensível.

Concomitantemente, a idade do casamento é cada vez mais tardia. Com a popularização do ensino superior, o número de anos de educação para os jovens aumentou e a idade do casamento tem vindo a ser adiada.

Vale a pena notar ainda que o conceito de casamento mudou muito nos últimos anos. Para as gerações "pós-1980" e "pós-1990" o casamento tardio e outros fenômenos são cada vez mais comuns.

Os analistas acreditam que, no futuro, devido à idade tardia e mudanças estruturais do casamento, a taxa de casamentos possa continuar a diminuir.

Do ponto de vista da estrutura da população, a China é agora considerada uma sociedade em envelhecimento, e a diminuição das taxas de casamento e natalidade poderão agravar o problema. Os especialistas sugerem que o Estado deve prestar atenção e estudar cuidadosamente essa questão, introduzindo políticas de incentivo aos jovens para casarem e terem filhos. 

(Web editor: Chen Ying, editor)

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