O Festival do Duplo Sete, conhecido como o Dia dos Namorados chinês, é celebrado a 17 de agosto deste ano.

A história do festival remonta à dinastia Han (206 aC -220 d.C.). Diz a lenda que as mulheres naquela época rezavam ao deus Vega na noite do sétimo dia do sétimo mês do calendário lunar chinês. Esta tradição passou desde então às gerações posteriores.

Em outra lenda chinesa, um vaqueiro e uma tecelã, um casal próspero, se mudaram para os céus, onde se tornaram estrelas separadas pela Via Láctea. Depois de separados, passaram a se poder encontrar uma vez por ano, quando as pegas voavam juntas para formar uma ponte que os unia. O encontro deles cai também no sétimo dia do sétimo mês lunar, e foi assim que o Festival do Duplo Sete surgiu.

Desde os tempos antigos, muitas tradições foram usadas para comemorar o festival. Por exemplo, as mulheres guardavam uma aranha em uma pequena caixa naquele dia e verificavam a teia no dia seguinte. Quanto mais densa fosse a teia, mais criativas seriam. As empregadas domésticas do palácio imperial competiriam para colocar linhas em agulhas durante o festival, e quem terminasse primeiro seria premiada com “criatividade”.

Nos tempos modernos, há ainda muitos costumes populares para o Festival do Duplo Sete.

As mulheres que vivem na área do planalto da província de Shaanxi, no noroeste da China, costumam reunir homens de palha e vesti-los com roupas bonitas. Elas fazem também recortes de papel para competir.

Nas áreas rurais da província de Zhejiang, no leste da China, as pessoas coletam o orvalho e lavam as mãos com ele, pois desejam que suas mãos sejam mais flexíveis. Dizem que o orvalho são as lágrimas do vaqueiro e da tecelã.

No sul de Zhejiang, as pessoas fazem comidas especiais para marcar a ocasião, incluindo bolinhos, macarrão e wontons.

Na região autônoma de Guangxi Zhuang, no sul da China, as pessoas amarram sete nós com um cordão vermelho e usam em volta do pescoço para atrair saúde e felicidade.

As pessoas no Japão e na Coreia do Sul também homenageiam o Festival Duplo Sete. Além de rezarem por uma maior criatividade, oferecem sacrifícios aos deuses ou a seus ancestrais.