Beijing, 18 mar (Xinhua) -- A China apresentou representações solenes aos Estados Unidos em relação a uma lei relacionada com Taiwan, informou no fim de semana um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.

O presidente Donald Trump assinou na sexta-feira a lei que pretende incentivar visitas mútuas de todos os níveis entre os EUA e Taiwan, segundo a mídia.

"Nós nos opomos firmemente à assinatura da Lei de Viagem de Taiwan pelo lado norte-americano", disse Lu Kang.

"Como foi reiterado muitas vezes pela China, embora algumas cláusulas relevantes da lei não sejam vinculantes de forma legal, o documento viola seriamente o princípio de Uma Só China e os três comunicados conjuntos entre a China e os EUA."

A lei manda sinais muito errados para forças separatistas de "pró-independência" em Taiwan, disse Lu, apontando que a China se opõe veementemente a isso.

"Pedimos que os Estados Unidos corrijam seu erro, parem de procurar qualquer laço oficial com Taiwan ou promover suas atuais relações de forma substantiva, e lidem adequada e cuidadosamente com as questões que envolvem Taiwan, a fim de evitar danos severos nos laços China-EUA e na paz e estabilidade através do Estreito."

"Taiwan é uma parte da China e as questões relacionados com Taiwan são completamente assuntos internos da China", disse Wu Qian, porta-voz do Ministério da Defesa Nacional.

Wu salientou que a lei interfere nos assuntos internos da China e prejudica o ambiente para o desenvolvimento de relações entre os exércitos dos dois países.

"A China pede que os EUA mantenham seus compromissos, retifiquem seus erros, abstenham-se de implementar cláusulas relevantes da lei e parem de buscar contatos oficiais, laços militares ou vendas de armas com Taiwan, a fim de evitar danos severos nas relações sino-americanas, nos laços entre os exércitos dos dois países e na paz e estabilidade através do Estreito de Taiwan", disse Wu.