O evento deverá enviar sinais positivos para os mercados numa altura crítica.

A cúpula do BRICS que se avizinha deverá impelir o crescimento econômico global e enviar sinais positivos para os mercados abertos — ambos cruciais numa época em que a recuperação econômica mundial permanece titubeante, afirmou Wang Yi na quarta-feira.

O Presidente Xi Jinping irá chefiar a cúpula, a ter lugar em Xiamen, na província de Fujian, entre domingo e terça-feira. Xi irá também presidir ao Diálogo dos Mercados Emergentes e Países em Desenvolvimento, entre outros eventos, tais como a cerimônia de abertura do fórum de negócios do BRICS, acrescentou Wang.

Durante uma coletiva de imprensa, o chanceler chinês adiantou que os 5 países membros do BRICS irão se focar em áreas de cooperação econômica com o mote de estabelecer um grupo de trabalho dedicado ao comércio eletrônico.

Os líderes de 5 outros mercados emergentes e países em desenvolvimento – Egito, Guiné, México, Tajiquistão e Tailândia – irão participar da cúpula e levar a cabo diálogos com os membros do BRICS, em meio aos esforços da China para promover o projeto BRICS Plus, uma extensão do mecanismo atual, passando a incluir um “circulo de amigos” mais alargado.

 “O BRICS não é um clube exclusivo”, afiançou Wang perante os repórteres, acrescentando que a ideia dos BRICS Plus proposta pela China este ano será bem-vinda e apoiada por vários outros países em desenvolvimento.

Wang realçou que os atuais membros do BRICS, não só organizaram os primeiros jogos de atletismo internos e produziram filmes em conjunto. O Festival de Cultura dos BRICS tem também o seu lançamento agendado durante a cúpula, como forma de incrementar o intercâmbio interpessoal entre os povos pertencentes ao bloco.

O BRICS tornou-se numa força-chave na promoção do crescimento econômico global, propalando a reforma da ordem global e assegurando a paz e estabilidade regionais, asseverou.

Quando indagado relativamente ao modo como a China e a Índia podem expandir a cooperação econômica, tendo em conta a tensão causada pela intrusão das tropas indianas na região Donglang da China, Wang disse que os dois países devem “tratar e controlar adequadamente” as suas disputas, de acordo com o consenso estabelecido pelos líderes de ambos os países.

“É muito natural que a China e a Índia, enquanto nações vizinhas, tenham alguns problemas juntamente com o elevado fluxo de intercâmbio entre eles”, disse Wang Yi, acrescentando que devem ambos tentar buscar resoluções de longo prazo através de contactos de todos os tipos.

Wang afirmou que existe um grande potencial para a cooperação sino-indiana. Os dois países devem unir esforços para revitalizar a Ásia e contribuir para a paz global, enfatizou.