BEIJING, 31 de ago (Diário do Povo Online) – No último ano, baseado no princípio de “aprofundar parceria do BRICS e criar um futuro mais brilhante”, o BRICS promoveu a cooperação econômica pragmática, obtendo avanços na cooperação política, de segurança e em intercâmbios culturais, formando um novo quadro de desenvolvimento sincrônico na área econômica, política e cultural, afirmou o chanceler chinês Wang Yi, em uma coletiva de imprensa sobre a 9ª Cúpula do BRICS realizada ontem (30).

“Realizamos com sucesso a reunião informal dos líderes do BRICS em Hamburgo, reuniões de representantes de alto nível para assuntos de segurança, reuniões de chanceleres e coordenadores, e 84 conferências e atividades nas áreas financeira, econômica, comercial, científica e tecnologia, industrial, cultural, educacional, e do meio-ambiente, entre outras, chegando a mais de 60 acordos e consensos”, reforçou o chanceler.

Segundo Wang, a cooperação econômica é sempre o centro da cooperação do BRICS, beneficiando os povos dos cincos países do bloco. Com o aprofundamento da colaboração, a cooperação política e de segurança se tornou também uma importante parte. Os cinco países reforçaram intercâmbios quanto a problemas internacionais e regionais através de reuniões de representantes de alto nível para assuntos de segurança, encontros de chanceleres e outros mecanismos, desempenando um papel único e positivo para a paz e estabilidade mundial.

Wang apontou que o BRICS não é um grupo fechado e que tem uma influência mais ampla abrangendo países para além dos seus membros. O chanceler disse que o mecanismo do BRICS não é somente uma plataforma de cooperação importante para reforçar a colaboração e defender os interesses comuns das economias emergentes e dos países em desenvolvimento, mas também desempenha um papel indispensável para a paz e o desenvolvimento mundial.

O BRICS realizou diálogos e cooperação com as economias emergentes e países em desenvolvimentos, uma experiência importante para o bloco. Desde 2013, a convite dos países anfitriões, as diversas edições de cúpulas do BRICS contaram sempre com a participação de alguns países não membros do bloco.

Além disso, o chanceler acrescentou que, este ano, baseado nas suas experiências bem-sucedidas, a China apresentou o mecanismo “BRICS+”, já acolhido por várias economias emergentes e países em desenvolvimento.

O conceito de “BRICS+” consiste em abertura, inclusividade e cooperação de benefício mútuo, correspondente ao espírito dos BRICS. Deste modo, o novo mecanismo visa promover o diálogo e a cooperação entre os países do BRICS com outras economias emergentes e países em desenvolvimento, assim como reforçar relações de parceria mais amplas e impulsionar o desenvolvimento e a prosperidade conjunta de mais países do mundo.