Partidos de oposição angolanos rejeitam resultados eleitorais

Fonte: Xinhua    30.08.2017 09h46

Luanda, 30 ago (Xinhua) -- Os dois maiores partidos de oposição de Angola rejeitaram os resultados parciais das eleições da semana passada, dizendo que não tinham transparência.

A decisão do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) ganhou com 61% dos votos depois que 98% das cédulas foram contadas.

A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), o maior partido de oposição do país, disse que sete dos membros do conselho da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) disseram que "não viram a chegada de faxes com a minuta dos votos dos centros de votação que poderia servir de base para os resultados provisórios," de acordo com uma declaração da UNITA em seu site na segunda-feira.

A comissão eleitoral anunciou resultados que "não se basearam em informações confiáveis provenientes das províncias," disse a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (Casa-CE), o segundo partido de oposição do país. "A origem dos dados é desconhecida."

O líder da UNITA, Isaías Samakuva, disse a repórteres no sábado que Angola não tinha um presidente eleito porque os resultados anunciados pela CNE não eram válidos.

Se os resultados forem mantidos, o candidato presidencial do partido do MPLA, João Lourenço, será jurado no dia 21 de setembro como o novo líder do país, em substituição ao presidente de anos, José Eduardo dos Santos, que está no poder desde 1979 no segundo maior produtor de petróleo da África.

O MPLA receberá 150 assentos no parlamento de 220 membros, abaixo de 175 há anos, de acordo com o site da CNE. A UNITA aumentará seus parlamentares de 32 para 51, enquanto a Casa-CE crescerá para 16 dos oito atuais.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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