Madrid, 10 ago (Xinhua) -- Uma primavera seca e um verão quente significam que a Espanha está sofrendo com incêndios a uma taxa quase recorde durante 2017, de acordo com dados divulgados na terça-feira pelo ministério espanhol da agricultura, pesca e meio ambiente.
Os primeiros sete meses do ano atual viram um total de 63.700 hectares de terras espanholas destruídas por incêndios florestais.
Isso é 18% a mais do que a quantidade média de danos causada durante o período de sete meses em outros anos e é o segundo pior número nos últimos cinco anos e o terceiro pior na década, com apenas 2009 e 2012 superando 2017 em destruição.
As altas temperaturas atuais na Espanha significam que quase todo o país está atualmente classificado como um risco "alto" ou "extremo" de sofrer um incêndio, com apenas algumas áreas do norte e as ilhas de Menorca, Fuerteventura e Lanzarote, áreas com quase nenhuma árvore, em um nível de alerta mais baixo.
Dois dos incêndios mais destruidores de 2017 viram mais de 8 mil hectares de floresta destruídos no e ao redor do parque nacional de Donana, no sudoeste de Espanha, enquanto a Serra Calderona, perto de Valência, também sofreu danos em um incêndio, que aparentemente foi causado por um raio.
Enquanto isso, as últimas três semanas de julho viram mais 6.600 hectares destruídos por três incêndios.
Quase um quinto dos incêndios florestais entre 2011 e 2015 foram iniciados deliberadamente, quer por queimadas, que visam queimar florestas para criar pastagens para animais, ou meramente por vingança, divulgou o governo regional galego.
No entanto, o erro humano está por trás da grande maioria dos incêndios florestais, de cigarros descartados, churrascos que não foram extinguidos adequadamente ou saíram do controle, negligência com maquinaria, falhas elétricas e espalhamento de chamas.
Não há dados até agora em 2017, mas em 2015, a Guarda Civil da Espanha investigou 2.607 incêndios, resultando em 40 prisões e acusações contra 389 pessoas.