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Presidente sul-africano Zuma sobrevive a moção de censura por voto secreto

Fonte: Xinhua    10.08.2017 09h47
Presidente sul-africano Zuma sobrevive a moção de censura por voto secreto
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Cidade do Cabo, 10 ago (Xinhua) -- Nesta terça-feira, o presidente sul-africano Jacob Zuma sobreviveu a uma moção de censura por voto secreto.

A presidente do parlamento, Baleka Mbete, anunciou que 198 deputados votaram contra a moção, enquanto 177 votaram a favor e nove se abstiveram.

Os deputados do Congresso Nacional Africano (ANC) irromperam em aplausos quando o resultado foi anunciado. Já os deputados da oposição se retiraram da câmara, desanimados.

O líder da Aliança Democrática (DA), Mmusi Maimane, prometeu continuar a luta para remover Zuma do cargo.

Centenas de manifestantes anti-Zuma que se reuniram do lado de fora do Parlamento, ansiosos à espera do resultado, expressaram desapontamento com o resultado.

No entanto, uma multidão de partidários do ANC, que também esperava do lado de fora do Parlamento, estava ansiosa para ouvir as notícias.

"Esta foi uma vitória não só para Zuma, mas também para o ANC e o país," disse Swowan Laura, uma professora do ensino médio, à Xinhua.

Zuma sobreviveu a oito moções de censura nos últimos sete anos. Mas esta foi a primeira vez que uma moção de censura foi conduzida por meio de voto secreto.

Os partidos de oposição haviam pressionado uma votação secreta para incentivar os deputados do ANC a apoiarem o movimento.

Depois que Mbete deu a luz verde para a votação secreta na segunda-feira, o ANC disse que tinha plena confiança na lealdade dos seus deputados ao votar a moção de censura.

"Nós não temos e nem nunca tivemos dúvidas de sua lealdade e disciplina em relação às decisões do movimento," disse o ANC.

O resultado da votação de terça-feira mais uma vez mostrou a unidade do ANC e a fidelidade dos seus deputados para a organização, disse um deputado do ANC sob condição de anonimato.

Ele disse que, ao derrotar o movimento, a África do Sul evitou a anarquia.

De acordo com a Constituição, se Zuma fosse removido, todo o gabinete se demitiria e, se nenhum candidato fosse escolhido entre deputados dentro de 30 dias, as eleições gerais seriam realizadas em 90 dias.

O ANC advertiu que qualquer de seus deputados que apoiam a moção de censura anti-Zuma arriscam serem disciplinados pelo partido, insistindo que a remoção de Zuma do escritório não seria do interesse do país.

Após a votação, o ANC felicitou o Parlamento pelo seu forte engajamento na Assembleia Nacional que resultou na "derrota retumbante" da moção de censura contra Zuma e seu gabinete.

O ANC considera importante que não apenas os representantes eleitos, mas todos os sul-africanos podem se envolver nos problemas mais críticos do país sem medo, disse o porta-voz nacional do ANC, Zizi Kodwa.

"O maior vencedor do evento de hoje é a nossa dispensa constitucional. Reafirma novamente a posição do ANC como líder da sociedade na medida em que os deputados do país são capazes de exercer esta disposição constitucional crítica destinada a salvaguardar a nossa democracia," disse Kodwa.


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