Beijing, 9 ago (Xinhua) -- O mercado chinês está ainda mais atrativo para as multinacionais estrangeiras, já que o reequilíbrio na segunda maior economia do mundo favorece as vendas e estratégias das companhias do mundo todo.
Sendo uma economia cada dia mais madura, a China está subindo na cadeia de valor com rápido desenvolvimento de seus setores de serviço e manufatura avançada. O investimento direto estrangeiro (IDE) no país reflete essa transição.
Uma pesquisa da Câmara de Comércio dos EUA em Shanghai mostrou que 77% das companhias norte-americanas na China tiveram lucro em 2016, aumento de 6 pontos percentuais em relação a 2015. Cerca de 73,5% tiveram aumento de receita, 12 pontos a mais.
O fluxo do IDE nos setores de alto nível tem sido claro para todos.
No primeiro semestre de 2017, o IDE para a manufatura de alta tecnologia e serviços do país aumentou 11,1% e 20,4% em termos anuais, respectivamente, acima da média.
De bicicletas compartilhadas, carros elétricos até pagamentos com smartphone, os investidores estrangeiros estão abraçando o mercado.
A ofo e Mobike, que são as maiores companhias chinesas de compartilhamento de bicicletas, atraíram investimento de países como EUA, Japão e Cingapura. A Tesla tem em Beijing sua maior estação de supercarregamento na Ásia e planeja acrescentar 300 no país este ano. O Apple Pay lançou recentemente sua maior campanha de marketing desde que entrou na China.
Esse tipo de investimento pretende aproveitar o próspero mercado do consumidor chinês e atender ao apetite do país de desenvolver as indústrias de alta tecnologia e inovadoras.
Os quase 1,4 bilhão de consumidores e uma economia em transição histórica atraíram mais de US$ 1,7 trilhão em investimento para a China e continuarão a criar grandes oportunidades comerciais.
Uma pesquisa da Câmara de Comércio da União Europeia na China mostrou que 51% das empresas do bloco no país aumentariam sua presença, ante 47% em 2016. Segundo uma pesquisa da ONU, a China permanece um dos destinos mais populares para as multinacionais.
Nas últimas três décadas, as multinacionais desempenharam um papel impressionante na China, trazendo dinheiro, expertise e empregos para a economia outrora fechada mas que atualmente está ávida para se tornar mais aberta e orientada pelo mercado.
O IDE ainda faz grande sentimento na China hoje em dia, pois o governo quer fazer dele um pilar para a nova economia de consumo do país --um motor de grande reequilíbrio.
O impacto do IDE na China é enorme, possibilitando centros de esquisa e desenvolvimento, propagação tecnológica e aquisição de habilidades de gestão de classe mundial.
Os países estão competindo por mais investimento estrangeiro de alta qualidade, e a China não é nenhuma exceção.
A liderança chinesa prometeu criar "um ambiente comercial estável, justo, transparente e previsível" com uma série de medidas de desregulamentação em andamento.
A China criou 11 zonas de livre comércio onde as empresas estrangeiras evitam trâmites burocráticos quando solicitam registro. O país está encurtando a lista de setores fechados aos investidores estrangeiros e reduzindo as restrições da entrada no mercado para as indústrias como transporte e serviços financeiros.
A transição de políticas leva tempo, e qualquer descontentamento com progresso lento da China em abrir o mercado de investimento seria uma conclusão prematura. Não deve existir nenhuma dúvida sobre o compromisso e capacidade da China para uma maior abertura.