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Conselheiro Sênior da Casa Branca admite quatro reuniões com russos mas nega conluio

Fonte: Xinhua    26.07.2017 09h27

Washington, 26 jul (Xinhua) -- O Conselheiro Sênior da Casa Branca, Jared Kushner, negou nesta segunda-feira ter conspirado com o governo russo apesar de confirmar quatro reuniões com cidadãos russos durante a campanha e o período de transição.

"Eu não fiz conluio, nem conheci mais ninguém na campanha que fez conluio com qualquer governo estrangeiro," disse Kushner em um comunicado de 11 páginas.

"Não tive contatos impróprios. Não confiei em fundos russos para financiar minhas atividades comerciais no setor privado," disse o genro do presidente norte-americano Donald Trump.

Kushner disse que primeiro se reuniu com o ex-embaixador da Rússia para os Estados Unidos, Sergey Kislyak, em abril de 2016, durante um discurso de Trump em Washington, onde trocaram gentilezas e cartões de visita com quatro embaixadores.

Kushner não menciona os outros três embaixadores que conheceu nas reuniões.

"Cada conversa durou menos de um minuto", disse Kushner.

A segunda reunião, em junho de 2016, foi organizada por Donald Trump Jr. e envolveu uma advogada russa que supostamente tinha informações prejudiciais sobre a rival de Trump, Hillary Clinton. Kushner disse que as conversas nas reuniões eram focadas na proibição das adoções dos EUA sobre crianças russas e foi "uma perda de tempo".

"Eu não conhecia a advogada antes da reunião e nem falei com ela desde então," disse ele.

Kushner disse que sua primeira reunião com a Rússia, depois das eleições, ocorreu no dia 1 de dezembro de 2016, quando se encontrou com Kislyak na Trump Tower NYC para discutir futuros laços entre a Rússia e os EUA.

O ex-assessor de segurança nacional, Michael Flynn, participou da reunião.

Ambos os lados concordaram em discutir em profundidade questões como a crise na Síria após a posse devido a uma falta de canais de comunicação seguros naquele momento, afirmou Kushner.

Kushner disse que se encontrou com o banqueiro russo Sergey Gorkov em 13 de dezembro, a pedido de Kislyak, durante o qual não foram discutidas políticas específicas nem negócios envolvendo empresas de Kushner.

Kushner disse que concordou com a reunião depois de saber que Gorkov tinha "relação direta" com o presidente russo Vladimir Putin.

"Não tenho nada para esconder," disse ele.

A declaração foi divulgada antes de seu testemunho fechado perante o Comitê de Inteligência do Senado.

Kushner deve comparecer diante do comitê de inteligência do Senado nesta terça-feira para uma audiência similar.

Em uma audiência separada, o filho mais velho de Trump, Donald Trump Jr., e o ex-gerente de campanha de Trump, Paul Manafort, comparecerão perante o Comitê do Senado no Judiciário nesta quarta-feira para responder perguntas sobre seus laços com a Rússia.

Os questionamentos são parte de uma investigação em curso para determinar se a campanha de Trump teve conluio com a Rússia, uma acusação que Trump e membros de seus círculos internos negaram repetidas vezes.

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