Os regulamentos para a compartilha de bicicletas estão cada vez mais restritos, com o Biró Municipal de Beijing para os Trabalhos Financeiros a propor recentemente que as empresas de compartilhamento de bicicletas registradas na cidade deverão avançar com os depósitos dos consumidores para uma conta bancária previamente definida, segundo o website de assuntos financeiros Caixin, no domingo.

A questão do depósito levantou a preocupação entre os consumidores relativamente à forma como as empresas gerem o dinheiro e como as devoluções são processadas.

Dos 2,011 inquiridos em uma sondagem recente, 65,8% expressaram o seu apoio para um modo sem necessidade de efetuar um depósito nos serviços de compartilhamento de bicicletas. Estes inquiridos expressaram a sua preocupação relativamente aos depósitos, realçando a dificuldade em obter devoluções e a possibilidade da movimentação dos fundos, de acordo com um relatório da ifeng.com, da última quinta-feira.

“As empresas de compartilhamento de bicicletas não detêm a pertença dos depósitos, por isso não podem utilizar o dinheiro para empréstimos ou investimento, caso contrário estariam envolvidas em financiamento ilegal”, disse um oficial do biró supramencionado no relatório da Caixin.

Fu Jun, investidor na empresa de compartilhamento de bicicletas Ofo, disse que “algumas empresas tiram proveito do modo de depósitos para rapidamente expandir a sua escala de capital”, ao atrasarem o processo de restabelecer o depósito aos consumidores, de acordo com a Caixin.

A Ofo e a Coolqi são as duas empresas de compartilhamento de bicicletas registradas em Beijing.

“Os depósitos da Ofo são colocados no China CITIC Bank para este uso específico, sem qualquer outro objetivo”, segundo um representante de relações públicas da Ofo, em declarações ao Global Times no domingo.

A Coolqi não se disponibilizou para comentários à imprensa no domingo.

O desenvolvimento da indústria deverá atingir o seu limite se os depósitos forem regulados de forma restritiva, segundo um membro da indústria, fazendo notar que várias empresas do ramo não podem cobrir os seus custos se cada bicicleta for apenas coberta por um depósito, refere, uma vez mais a Caixin.

O padrão de lucro das empresas de compartilhamento é baseado na alavancagem e no efeito de escala, sendo que os regulamentos dos depósitos poderiam ameaçar essa situação, refere o documento.

É referido que estas empresas não só têm custos em termos da compra de bicicletas, mas também na sua operação, manutenção e depreciação.