Beijing, 12 mar (Xinhua) -- O Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (BAII) rejeitou cerca de mil entidades que foram sancionadas por outros importantes bancos de desenvolvimento de participar dos seus projetos.
Em seu esforço anticorrupção, o BAII adotou voluntariamente a lista de empresas e indivíduos sancionados em conformidade com o Acordo para a Execução Mútua de Decisões de Exclusão, que entrou em vigor em 1º de março de 2017, segundo o banco de desenvolvimento multilateral iniciado pela China.
Com esse movimento, as empresas e indivíduos que estão envolvidos em práticas corruptas, fraudulentas ou outras proibidas podem ser bloqueados pelo BAII de forma permanente ou por vários anos.
"A criação de uma cultura que corresponde ao nosso valor fundamental de ser 'limpo' é crucial para o BAII, porque somos basicamente os administradores do dinheiro dos contribuintes de todos os nossos membros", apontou Hamid Sharif, diretor-geral da unidade de conformidade, efetividade e integridade do BAII.
O BAII foi estabelecido em 2015 e começou a operar em janeiro de 2016. Com 57 países signatários e capital autorizado de US$ 100 bilhões, o órgão tem como objetivo fornecer financiamento para a melhoria de infraestrutura na Ásia como um banco "competitivo, limpo e sustentável".
Os acordos institucionais do BAII ajudam o banco a "reagir e lidar com qualquer suspeita de corrupção ou comportamento imoral em nossos projetos", disse Sharif.
Durante o primeiro ano de operação, o banco aprovou empréstimos de US$ 1,73 bilhão para apoiar nove projetos de infraestrutura em sete países.
Em 2017, o BAII se concentrará em três grandes áreas --infraestrutura sustentável, conectividade transnacional e mobilização de capital privado-- de acordo com um comunicado anterior divulgado pelo banco.