Por Hu Zexi do Diário do Povo

Wang Wei, de 46 anos de idade, presidente do SF Express, no dia 24 de fevereiro, fez ressoar o gongo juntamente com um funcionário da empresa, em celebração da empresa ter realizado uma operação financeira de “back door listing”. No primeiro dia após o processo, com capitalização total de mercado de US$ 33,7 bilhões, Wang, com bens no valor de US$ 20 bilhões, se tornou o homem mais rico no setor de entregas expressas.

Wang, estabeleceu a SF Express em 1993 em Shunde, na província de Guangdong, sul da China. Atualmente, a SF Express possui já 37 aviões de carga. (Imagem do site oficial do SF Express)

Com o desenvolvimento rápido da economia de Internet na China, a indústria de entrega expressa tem-se expandido rapidamente nos últimos anos. Foram concluídas 31,35 bilhões de encomendas na China em 2016, um aumento de 51,7% em comparação com o período homólogo do ano anterior.

O rendimento atingiu os US$ 58,3 bilhões, representando um aumento de 44,6%. Até ao momento, o setor de entrega expressa tem tido um crescimento superior a 50% durante 6 anos consecutivos, com o número de funcionários da empresa a superar já os dois milhões de indivíduos.

O 13º Plano Quinquenal do Desenvolvimento da Indústria de Entrega Expressa, lançado pelo China National Post no início deste mês, indica que, até 2020, os serviços de entrega expressa chegarão a 70 bilhões e o rendimento poderá ultrapassar os US$ 116,5 bilhões.

Os analistas acreditam que o desenvolvimento do setor de entrega expressa da China vai sair do modelo do “crescimento bárbaro”, atingindo um ponto de viragem.

O modelo tradicional de desenvolvimento tem sido cada vez mais influenciado pelo aumento dos custos de mão-de-obra e pelo limite de recursos e meio-ambiente. Muitas empresas de entrega expressa são apenas fornecedores de serviços para os negócios eletrônicos, incomodadas pelos obstáculos como a queda de lucros e o aumento das reclamações.

Foi previsto que, depois que as maiores empresas de entrega expressa atingissem o mercado, a indústria poderia entrar em um período de viragem, de perseguição de benefícios ao invés de escalas no futuro.

Atualmente, algumas empresas de entrega expressa chinesas estão tentando assentar na inovação tecnológica em busca de mais competitividade.

A Financial Times citou, no dia 31 de janeiro, as palavras do responsável de logística e transporte da Deloitte China, John Song, que a indústria de entrega expressa está em uma mudança rápida. “Algumas empresas chinesas que afirmavam ser empresas de tecnologia científica investiram uma grande quantidade de dinheiro em áreas como o sistema da Tecnologia Informática, o Big Data, a automatização e a entrega de última milha, por exemplo, a utilização de drones e carros sem motorista”, disse ele.