Beijing, 27 fev (Xinhua) -- As autoridades de proteção ambiental da China publicaram e acusaram mais cidades por controle ineficaz de qualidade do ar.

Inspetores em 18 cidades na região Beijing-Tianjin-Hebei, no norte do país, e nas áreas próximas realizaram inspeções sem aviso prévio durante a noite e métodos secretos, informou o Ministério da Proteção Ambiental.

Algumas empresas no município de Handan, na Província de Hebei, continuam operando ilegalmente caldeiras a carvão, apesar da proibição das autoridades. Após as inspeções, essas caldeiras foram desmontadas e uma investigação foi iniciada pela polícia.

Em Cangzhou, também em Hebei, um fabricante de oleoduto, uma grande fonte de emissões, não estava incluído na lista de empresas que devem suspender produção em dias de poluição severa.

Um produtor de cimento em Beijing consumiu mais eletricidade que o normal em dezembro, período em que deveria ter parado a produção. Outras duas companhias de cimento foram excluídas de forma errada da lista de suspensão de produção.

Na sexta-feira, o ministério acusou algumas cidades em Hebei, Shanxi e Henan por não fazer o suficiente para controlar o uso de carvão de má qualidade por famílias ou pequenas fábricas para aquecimento e produz mais poluição que o usado por usinas termelétricas, que têm o equipamento para reduzir as emissões.

A China está fortalecendo os esforços para combater a poluição e degradação ambiental, depois que décadas de crescimento deixaram o país com problemas como poluição do ar e contaminação do solo.

Um total de 720 pessoas foram detidas e 6.454 acusadas na China por delitos relacionados com proteção ambiental em 2016.

Cidades chinesas sofreram com mais dias de poluição do ar em janeiro. As regiões no norte foram as mais afetadas.

A taxa de dias com boa qualidade do ar na região Beijing-Tianjin-Hebei foi apenas 36,2% em janeiro, uma queda de 19,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado.