China apresenta resultados concretos na erradicação da pobreza e no combate à corrupção

Fonte: Diário do Povo Online    27.02.2017 13h17

Nos últimos anos, à medida que o governo move esforços para apoiar a população das regiões rurais, vários fundos são canalizados para a agricultura e para o setor primário. Estes fundos destinados ao combate à pobreza são o sustento de vários grupos de massas.

Colheita do alho francês de 2016 em Pingdu, na província de Shangdong. A colheita anual ascendeu aos 20 mil yuans, permitindo perspetivar a fuga da pobreza. Fotografia: Tian Dafang

Porém, em algumas regiões desfavorecidas, perante a grande quantidade de verbas disponíveis, uma pequena parcela dos responsáveis pelo combate à pobreza recorre à fraude, vem se apossando de forma ilegal desses recursos. Esta conduta tem gerado uma influência nefasta na vida daqueles que dependem destes apoios no seu dia-a-dia.

Para inverter esta situação, o governo chinês encontra-se resolutamente a tomar medidas de retaliação.

Em fevereiro de 2016, a Procuradoria Suprema da China e o gabinete de erradicação da pobreza do Conselho de Estado, emitiram, conjuntamente, a decisão de “unir todos os órgãos de procuradoria nacionais aos departamentos de erradicação da pobreza para, de modo conjunto, adotar medidas de prevenção, reforço e solucionamento da ocorrência de crimes no âmbito do combate à pobreza”.

Essa decisão deverá manter-se em efeito ao longo de 5 anos, visando cumprir os objetivos delineados no comunicado — nomeadamente a execução das tarefas previstas pelo governo para reduzir os níveis de pobreza, com o auxílio de um sistema de supervisão e prevenção de crimes contra as massas.

Passado um ano, são já visíveis os primeiros efeitos das várias medidas adotadas. De acordo com dados estatísticos avançados pelo gabinete para o combate à corrupção da Procuradoria Suprema da China, durante os primeiros 10 meses de 2016, os órgãos de procuradoria de todo o país encontravam-se a investigar cerca de 9000 pessoas, alegadamente envolvidas em atividades ilícitas relacionadas com estímulos à atividade agrícola e ao combate à pobreza. A cifra aponta para um total de 65,7% do número de crimes cometidos nesse domínio.

Atualmente, os trabalhos de combate à corrupção da China enfrentam ainda uma jornada íngreme. De acordo com os dados avançados pela Administração Nacional de Estatísticas em 2015, o número de pessoas em zonas rurais afetadas pela pobreza situava-se nos cerca de 55,7 milhões de pessoas.

O governo chinês estipulou o ano de 2020 para a erradicação da pobreza rural, sendo que todas as unidades regionais deverão ter a capacidade de resolver problemas a esta associados. Esta meta assume-se como um dos pilares para a materialização de uma “sociedade modestamente confortável” em todos os quadrantes, bem como um dos compromissos da China para com o mundo.

Os progressos obtidos pelo país no combate à pobreza são já consideráveis. No espaço de 4 anos decorridos entre o início de 2013 e o final de 2016, a China conseguiu retirar anualmente 10 milhões de pessoas da pobreza, totalizando os 55,6 milhões.

A incidência da pobreza no final do ano de 2012 era de 10,2%, tendo caído para os 4,5% no final de 2016 — uma descida de 5,7 pontos percentuais. A margem do aumento do rendimento per capita nas regiões pobres do país é superior à média nacional, contribuindo para uma melhoria mais contundente do nível de vida das populações a residir em zonas comummente afetadas pela pobreza.

O contributo expressivo da China para a redução da pobreza mundial tem sido galardoado pela crítica internacional.

Vários académicos e analistas, bem como representantes da ONU, acreditam que até 2020 a China seja capaz de concretizar o seu alvo de retirar da pobreza o que resta da sua população a viver em condições indigência.

Atendendo à ocasião de 2015 na qual a ONU apresentou a “Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, é possível aferir que, ao que as circunstâncias levam a crer, a China será capaz de levar um avanço de 10 anos no que concerne aos desígnios da Agenda.

O “Relatório de Desenvolvimento Humano da China 2016” publicado o ano passado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, refere que os resultados obtidos pela China na redução da pobreza constituem uma importante experiência, consistindo no caminho a seguir para a erradicação deste flagelo.

A China adotou várias medidas cirurgicamente endereçadas à panóplia de problemas associados à pobreza, nomeadamente no setor industrial, migração e triagem de recursos no sentido de combater de forma eficiente a raiz dos problemas.

 

 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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