Campanha de partilha de livros perde popularidade

Fonte: Diário do Povo Online    24.02.2017 11h06

Livros deixados no metro.

Um projeto de partilha de livros, levado a cabo há 3 meses em grandes cidades chinesas, deixou 10 000 livros em metros, aviões e táxis.

O organizador do evento, Xinshixiang, relevou que apenas 239 livros foram recolhidos mais do que uma vez e 4008 livros foram recolhidos uma vez.

Quem lê estes livros?

Celebridades como o apresentador Chen Luyu, a atriz Xu Jinglei e o ator Huang Xiaoming participaram na campanha anterior. Todos eles escolheram os seus livros favoritos, deixando-os em estações de metro com mensagens no interior. Contudo, ninguém sabe onde esses livros se encontram.

Foram partilhadas fotografias dos funcionários de limpeza a recolherem os livros deixados como lixo.

E, apenas algumas pessoas deixaram mensagem no livro após a sua leitura.

Um passageiro chamado Huang recolheu um livro na estação de metro Dongzhimen, em Beijing. “Fiquei muito feliz quando o recolhi. Mas como o metro tinha muita gente, acabei por colocá-lo na mochila. Como não estava assim tão interessado no livro acabei por esquecer o nome e onde o guardei.

Grupos do Wechat promovem hábitos de leitura

“Hui Hui”, nome de utilizador, professor, afirmou ter pago 10 yuans para entrar num grupo do Wechat no qual seriam partilhados e lidos livros em língua inglesa. “Muitos dos membros nunca disseram nada. Os administradores raramente publicavam algo. Acabei por silenciar as notificações do grupo sem sequer ter lido um livro por eles recomendado”.

No entanto, entre várias experiências negativas e sem resultados, há ainda quem goste destes grupos de leitura.

“Bai”, funcionário de um banco, afirmou “depois de me formar na universidade não li nenhum livro completo. Então juntei-me a um grupo no qual o administrador requeria e entrega de notas de leitura no espaço de uma semana, sob consequência de sermos expulsos do grupo. Os participantes do grupo partilham frequentemente os seus planos de leitura e experiências, o que me tem inspirado a ler mais”.

Livros deixados em transportes públicos.

Estantes com livros podem ser solução

Um entrevistado com apelido Yan disse ao Beijing Daily que “temos muito tempo durante o dia que é suficiente para ler pequenos ensaios, como por exemplo enquanto esperamos pelo jantar. Se houver uma estante de livros por perto, acredito que muita gente esteja disposta a ler”.

Zhao, mulher, conta que, quando levou o seu sobrinho a jantar, enquanto esperava pelos pratos pedidos, abriu o menu e ensinou-o a ler. “Hábitos de leitura devem ser fomentados desde tenra idade, e os mais velhos devem dar o exemplo”, reforçou.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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