Islamabad, 15 fev (Xinhua) -- Um grupo dissidente de talibãs paquistaneses assumiu a responsabilidade pelo ataque suicida de segunda-feira à noite contra os manifestantes na capital Lahore, da província do Punjab, no Paquistão, que deixou 14 pessoas mortas e 60 feridas.

Asad Mansoor, porta-voz do grupo Tehreek-i-Taliban Paquistão Jamaat ul Ahrar disse em uma declaração que seu membro Nasrullah teria realizado o ataque.

Mushtaq Ahmad Sukhera, inspetor geral da Polícia de Punjab, disse que o invasor tentou entrar na multidão de manifestantes às 18h10 (hora local), mas se explodiu quando um policial tentou detê-lo para revistá-lo.

O alvo da bomba era a multidão de químicos e fabricantes de produtos farmacêuticos que protestavam contra um ato recentemente introduzido pelo governo do Punjab, em frente à assembleia provincial na movimentada Estrada Mall da cidade.

Os manifestantes bloquearam a estrada para o trânsito e a explosão aconteceu quando dois policiais, incluindo a Superintendente Sênior da Polícia (SSP) Zahid Gondal e o inspetor-geral adjunto (DIG), o capitão Mobeen, negociaram com eles para dar lugar ao trânsito.

Sukhera confirmou que os mortos incluíam seis policiais.

Os feridos, incluindo policiais, químicos e jornalistas, foram transferidos para hospitais estatais próximos, onde o estado de emergência foi declarado.

As fontes do hospital disseram que o número de mortes é uma preocupação e pode aumentar, pois, nove entre os feridos estão em condições críticas.

As tropas paramilitares Rangers assumiram o comando da segurança em hospitais onde os feridos foram deslocados.

O governo de Punjab anunciou um dia de luto pelo incidente e a bandeira nacional ficará hasteada a meio mastro em todos os edifícios do governo em toda a província na terça-feira.

Comerciantes e advogados também anunciaram um dia de luto e todos os mercados e tribunais da cidade permanecerão fechados na terça-feira.

Vários veículos, incluindo um Veículo Satélite Digital New Gathering (DSNG) de um canal de TV local foram completamente destruídos na explosão.

A polícia e os contingentes do exército do Paquistão e dos Rangers chegaram ao local da explosão isolaram a área para investigação.

A polícia também prendeu dois suspeitos perto do local da explosão, que foram transferidos para um lugar desconhecido para investigações.

Tanto o primeiro-ministro do país, Nawaz Sharif, como o presidente Mamnoon Hussain, condenaram a explosão e se dirigiram à administração do hospital para oferecer o melhor tratamento médico possível aos feridos.

O primeiro-ministro enviou os melhores oficiais do governo de Punjab para o local da explosão.

Ele também prometeu erradicar o mal da militância no país.

O Chefe do Exército Qamar Javed Bajwa também condenou a explosão e expressou tristeza pela perda de vidas preciosas.

Ele também orientou as tropas para ajudar o governo civil a prender as pessoas envolvidas no crime hediondo de matar pessoas inocentes.