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A Beijing do Festival da Primavera aos olhos de dois expatriados portugueses

Fonte: Diário do Povo Online    08.02.2017 09h42
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Por Mauro Marques e Andreia Carvalho

Antes de vir para a China seria, para nós, difícil de acreditar que uma cidade habitada por 22 milhões de pessoas, num frenesim permanente, característico daquela que é, afinal, a capital da segunda maior economia e nação mais populosa do mundo, pudesse, durante o espaço de tempo de uma semana, tornar-se tranquila, silenciosa, inerte (bem, quase!).

Não fosse a exuberante decoração das ruas e demais espaços públicos com as típicas lanternas vermelhas e os carateres alusivos à estação, pensaríamos nós estar numa cidade fantasma.

A verdade é que o Festival da Primavera, passível, pela sua dimensão, de ser comparado ao natal, move milhões (literalmente) por toda a China.

A diversidade de proveniências dos chineses que militam na capital é das mais variadas e, como tal, com a aproximação do novo ano, chega a hora de regressar às origens para rever família, amigos ou para usufruir do simples deleite de “estar em casa”.

Este abandono massificado acarreta, claro está, deixar a comunidade estrangeira na impotente perplexidade de ver os seus recantos de frequência habitual paulatinamente cerrarem as portas.

Mesmo os “laowai” (termo coloquial que os chineses usam para se referir aos estrangeiros) mais hábeis, que se aventuram no mundo inesgotável das compras online e do “waimai” (serviço de entrega de refeições ao domicílio), tiveram que se render às evidências: A migração de Ano Novo não é um mito. O país hiberna, efetivamente, por uma semana.


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