Shanghai, 15 fev (Xinhua) -- Shanghai planeja colocar mais de dois quintos do seu território e mil quilômetros quadrados de águas circundantes em uma zona de proteção ecológica, informou o governo nesta terça-feira.

A área será colocada sob a "linha vermelha ecológica" e totaliza 4.364 quilômetros quadrados, incluindo uma área central de 1.189 quilômetros quadrados sem permissão de nenhuma construção. O restante será composto de áreas protegidas que contêm terra agrícola, recursos hídricos e floresta.

Estão planejados oito cinturões verdes na região urbana. Um deles, que mede dez vezes o tamanho do Parque do Século (cerca de 140,3 hectares), será localizado no distrito de Pudong, perto de um conjunto de bancos, empresas de alta tecnologia e companhias comerciais. O cinturão verde Zhangjiabang abrangerá uma floresta de 200 hectares com dezenas de milhares de árvores, mostrou o plano.

O movimento de Shanghai ocorreu depois que as autoridades centrais da China prometeram no início deste mês concluir o projeto da "linha vermelha" ecológica -- a demarcação de suas fronteiras e a calibragem das regiões -- até 2020.

A estratégia visa proteger o sistema ecológico frágil do país da piora da poluição, um resultado de décadas de desenvolvimento econômico.

Por seu lado, Shanghai aumentou seus esforços de conservação. Além do controle em relação às emissões, as zonas húmidas, áreas costeiras e fontes de água ao redor da cidade foram bem preservadas.

Como recompensa, a qualidade do ar da cidade melhorou nos últimos anos. De acordo com o Departamento de Proteção Ambiental de Shanghai, o número de dias com ar "excelente" ou "bom" somou 276 no ano passado e é a melhor estatística nos últimos quatro anos e substancialmente melhor do que a região no norte da China, onde a poluição atmosférica é frequente durante o inverno.