Opinião: Apenas se unindo o mundo poderá superar divergências e dar novo rumo à história

Fonte: Diário do Povo Online    18.01.2017 17h56

Por Hu Zexi

Na margem do rio Landwasser, escondido entre os confins da neve e do gelo, o município de Davos, na Suíça, tem atraído as atenções de todo o mundo.

Há 10 anos atrás, a chanceler alemã Angela Merkel, durante o seu discurso no Fórum Económico Mundial, expressava o seu prognóstico para o futuro — “De facto, um novo padrão de poder mundial tem emergido… a era do eurocentrismo, chega ao fim após um período de 200 anos. Davos e o Ocidente devem agora olhar para a China, a fim de se inspirarem e orientarem as grandes mudanças da globalização”.

Dez anos depois, a subida ao palco do presidente chinês Xi Jinping, na cerimónia de abertura do Fórum de Davos, atesta que visão defendida por Merkel veio tornar-se uma realidade.

O Financial Times descreveu mesmo o papel da China como “o guardião da governança global”.

Na mesma linha de Davos, a “febre da China” tem disparado, alimentada por um contributo chinês de aceitação generalizada.

Perante um mundo profundamente abalado pela crise financeira económica internacional, em 2009, no encontro de Davos, a China desempenhou um papel proeminente como estimulador da economia.

Em 2011, pela ocasião em que a China celebrou o 10º aniversário de adesão à Organização Mundial do Comércio (OMC), o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, defendeu em Davos que “quando a China ganha, todos os países ganham”.

Num período de ajuste profundo da economia mundial e défice de recursos, a China foi aclamada no Fórum de Davos como o “principal motor” do crescimento da economia global.

Com o seu firme e estável desenvolvimento e as suas reformas resolutas, a China introduziu o “vigor chinês” no palco da liderança mundial, através do compartilhamento do “planeamento chinês”.

Se há 10 anos Merkel entendia que, do ponto de vista da “composição do poder”, o desenvolvimento da China poderia trazer mudanças, na atualidade, o mundo deve ter em consideração a visão chinesa de “reflexão racional e de longo prazo”.

O mundo está atualmente assolado pela incerteza e instabilidade, especialmente devido à corrente de oposição à globalização da economia, levando os analistas ocidentais à conclusão que “quaisquer princípios intocáveis se poderem simplesmente extinguir”.

De entre os atuais pontos de vista divergentes, um programa baseado no conhecimento acumulado da China pode ser o “antídoto certo” para formular diretrizes para uma governança global mais justa e sensata.

Durante a realização do Fórum Econômico de Davos 2017, as propostas chinesas receberam a atenção de todo mundo – Não poderá isto ser, afinal, um reflexo das expetativas mundiais de que a China possa fornecer mais “bens públicos”?

Quanto mais complexa e fatídica for a situação, maior a necessidade de conceber uma estratégia credível para superar as dificuldades.

Tal como fora reiterado pelo Presidente Xi Jinping, “quando nos deparamos com dificuldades, não devemos nos culpar ou colocar a culpa em outrem. Não devemos desistir de acreditar, nem nos devemos esquivar das nossas responsabilidades. Devemos, sim, enfrentar as dificuldades juntos”.

Um mundo no qual as relações entre países se baseiem na igualdade, sejam orientadas para a abertura e inclusão, que usem a cooperação como força motriz na sua interação, partilhem um objetivo comum e mostrem potencial para agir, estará melhor preparado para suprir divergências e para dar um rumo mais auspicioso à história. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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