Beijing, 12 dez (Xinhua) -- A China pediu na sexta-feira que o Japão abandone a consideração de país substituto que emprega para calcular as medidas antidumping contra as exportações da China, já que uma cláusula relacionada no acordo sobre o acesso da China à Organização Mundial do Comércio (OMC) expirou em 11 de dezembro.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang, fez a declaração durante uma entrevista coletiva regular.
De acordo com o Artigo 15 do protocolo sobre o acesso da China à OMC, do qual o Japão é signatário, a China passará para o status de economia de mercado automaticamente em 11 de dezembro de 2016, quando a base jurídica para tratar da China como uma economia não regida pelo mercado -ou um país substituto- termina.
No entanto, o governo japonês assegurou na sexta-feira que não reconhecerá a China como uma economia de mercado ligada à OMC.
Dessa forma, o Japão pode continuar utilizando os preços de um terceiro país para determinar se a China está vendendo artigos abaixo do valor de mercado, o que facilita relativamente que o Japão presente reclamações antidumping contra a China.
Segundo Lu, o Japão deve cumprir com seu compromisso internacional.
Em relação ao assunto do status de economia de mercado da China, Lu sublinhou que depois do processo de reforma e abertura de quase 40 anos, o produto interno bruto do país subiu para o segundo lugar no mundo, e a China se tornou o maior parceiro comercial de muitos países.
O crescimento econômico da China se tornou o principal motor de crescimento econômico global, contribuindo com uma quarta parte do crescimento econômico do mundo, recordou.
Não importa se o Japão reconhece a China como uma economia de mercado ou não, a estreita relação da China com a economia global, assim como suas relações mutuamente benéficas com o mundo, falam para si mesmo, acrescentou o porta-voz chinês.