China celebra 15 anos de adesão à OMC com resultados promissores

Fonte: Diário do Povo Online    12.12.2016 11h09

Na celebração do seu 15º aniversário da entrada na Organização Mundial de Comércio (OMC), a China continuará fomentando a globalização, assim como acordos multilaterais e promoção do comércio, segundo declarações de oficiais e especialistas chineses.

A China deve continuar a apoiar a OMC, afirmou Tu Xinquan, professor da Universidade de Negócios Estrangeiros e Economia de Beijing (UIBE).

A entrada da China na organização revigorou a economia chinesa, alcançando progressos superiores ao expetável.

Desde que se juntou à OMC como o 143º membro, a 11 de dezembro de 2001, a China tem crescido como a segunda maior economia mundial.

Zhang Yansheng, economista-chefe do Centro Chinês para o Intercâmbio Econômico Internacional, considera importante que a China tome medidas práticas no confronto a potenciais desafios causados por atritos comerciais, aumento do protecionismo, guerras de câmbio e saídas de capital em 2017.

Zhang advertiu que, fatores como as negociações do Brexit programadas para o próximo ano, as novas políticas de comércio antecipadas pelo presidente-eleito Donald Trump, e as novas medidas de protecionismo comercial, emergindo tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento, aumentarão as incertezas na economia global no ano vindouro.

Zhang Jianping, diretor do Centro de Pesquisa para a Cooperação Econômica Regional do Ministério do Comércio, sugeriu que a China criasse uma rede global de zonas de comércio livre para redução das tarifas, se abrindo, ao mesmo tempo, a mais investimentos e indústrias de serviços.

O porta-voz do Ministério do Comércio, Shen Danyang, assegurou, no início de outubro, que a China trabalhará com os membros do G20 na criação conjunta de um índice de alerta comercial global, semelhante aos utilizados no setor financeiro para ajudar empresas a evitar riscos desnecessários.

A China tem sido o maior comerciante mundial de bens durante três anos consecutivos, se tornando o maior parceiro comercial de mais de 120 países e regiões, segundo dados do Ministério do Comércio.

O país exportou 2,28 trilhões de dólares para mercados globais em 2015, cerca de 7,6 vezes superior ao volume em 2001.

Em contraste, importou 1,68 trilhões de dólares em produtos estrangeiros, quase seis vezes o volume importado em 2001.

A China também pressionará a que seja concedida maior assistência técnica e financeira às economias menos desenvolvidas, especialmente aos estados africanos e do Pacífico, declarou Shen.

Como o segundo maior investidor mundial, o investimento direto chinês aumentou 53,3%, totalizando 145,96 bilhões de dólares no período de janeiro a outubro deste ano, superando já o total do ano anterior. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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